Membro do MP jĂĄ determinou realização de diligĂȘncias
uma investigação para averiguar se hĂĄ procedĂȘncia na denĂșncia. A declaração gerou repercussão negativa e reações imediatas, inclusive, por parte do governador Mauro Mendes (União) e do chefe da PolĂcia Militar, o coronel Alexandre CorrĂȘa Mendes.
A investigação foi instaurada nesta terça-feira (2), conforme documento assinado pelo promotor de Justiça, Marcos Regenold da Silva. Trata-se de um procedimento preliminar de investigação que vai "colher os elementos mĂnimos necessĂĄrios para o esclarecimento dos fatos. Ao final, deverão os autos serem devolvidos ao NĂșcleo de Ações de CompetĂȘncia OriginĂĄria (NACO) para posterior deliberação".
No despacho, Regenold da Silva solicitou a intimação do deputado Wilson Santos à autoridade policial, para que ele preste esclarecimentos sobre as afirmações recentes.
"Sem prejuĂzo de outras que julgar pertinentes ao caso, seja notificado o Deputado Estadual Wilson Santos, solicitando que compareça pessoalmente à Delegacia de PolĂcia para que preste informações acerca dos fa tos noticiados, juntando a documentação comprobatória que entender conveniente", ordenou o promotor.
O MPE tomou conhecimento das acusações levantadas por Santos através dos sites de notĂcias de CuiabĂĄ e devido à gravidade das declarações decidiu intimar o parlamentar para prestar esclarecimentos no NACO.
O órgão fiscalizador irĂĄ apurar a veracidade das informações trazidas à tona por Wilson e identificar os deputados envolvidos na prĂĄtica, uma vez que a conduta é criminosa e se encaixa na lei de organizações criminosas. Assim, o MPE deverĂĄ instaurar um inquérito sobre o caso.
"Ao crime envolvendo organização criminosa, disciplinado pelo art. 2Âș da Lei 12.850/2013, sendo imperioso neste momento proceder diligĂȘncias investigatórias preliminares visando esclarecer o contexto fĂĄtico das informações ventiladas na mĂdia, assim como obter elementos mĂnimos que corroborem a existĂȘncia, ou não, de infração penal, além da identificação dos agentes envolvidos, para que, só então, seja deliberado pela instauração de Inquérito Policial", diz trecho do despacho.
Se a situação se confirmar, pode virar caso de polĂcia, uma vez que os deputados estarão cometendo crime tipificado pela lei brasileira. "É imperioso, neste momento, proceder diligĂȘncias investigatórias preliminares visando esclarecer o contexto fĂĄtico das informações ventiladas na mĂdia, assim como obter elementos mĂnimos que corroborem a existĂȘncia, ou não, de infração penal, além da identificação dos agentes envolvidos, para que, só então, seja deliberado pela instauração de inquérito policial", afirmou Regenold.