Cerco aos criminosos envolve tropas militares de 5 estados
O major e chefe de comunicação da Polícia Militar do Tocantins, Thiago Monteiro, afirmou que de dois a quatro criminosos ainda estão escondidos em regiões de zona rural do Estado. Nesta terça-feira (9), 30 dias após os ataques ao município de Confresa (1.116 km de Cuiabá), o militar informou que os criminosos estão encurralados e enfraquecidos, devido à grande quantidade de armamento já apreendido durante a Operação Canguçu.
"É um número difícil de precisar até porque a gente não consegue ter essa mensuração exata. A gente tem algumas linhas de atuação. Com esses vestígios, a gente tem projeção de que teria de dois a quatro indivíduos que ainda estariam ai nessas regiões. Esse trabalho da investigação está correndo por conta da investigação da PJC de Mato Grosso e a PJC do Tocantins. As informações, nós não sabemos também a confiabilidade delas. A gente tem trabalhado com esses vestígios materiais nas regiões de mata", declarou o major durante entrevista ao Jornal da Cultura (90.7 FM), nesta manhã.
"A avaliação da equipe que está no local, ela gira em torno disso. E muitas vezes até a participação dos criminosos ela é fracionada. Então, a gente não consegue de maneira assertiva precisar isso (o número de suspeitos envolvidos), mas o que nós temos em campo, digo, tanto na atuação das proximidades da zona rural de Caseara gira em torno de 2 a 4 pessoas que ainda faltam ser capturadas", emendou.
Nesta segunda, mais um suspeito de integrar o grupo foi morto durante confronto com os policiais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (ROTAM) de Tocantins. A ação ocorreu na região da aldeia Café da Roça. Com isso, são 16 mortos suspeitos e quatro, capturados.
Todos suspeitos de integrarem quadrilha que estava fortemente armada no dia 9 de abril e que levou pânico e terror na cidade de Confresa. Na ocasião os criminosos invadiram o quartel da Polícia Militar, fizeram dezenas de disparos e atearam fogo num carro. Questionado durante entrevista se ação policial tinha alguma previsão de ser encerrada, uma vez que moradores de Marianópolis falam em prejuízo financeiro e educacional, o major foi cauteloso.
"Esse de ontem ele foi é justamente numa faixa, num raio de atuação que a gente já estava monitorando e fazendo o adentramento terrestre. A suspeita é de que ali haviam três. A gente pensa que exista dois nessa região. E dois em uma outra faixa de atuação, que é onde tem reforçado esse bloqueio terrestre, além do patrulhamento áreo com as nossas aeronaves. É uma preocupação (questão educacional dos moradores) A gente é sensível a esse contexto, inclusive, semana passada a gente teve no local, visitamos as escolas. Mas como a gente tem evidências que os criminosos continuam ali, inclusive com armas, ainda é complicado nós darmos esse aval e retornamos e colocarmos em risco essa comunidade. Expectativa de terminar eu não consigo dar uma projeção, porque as evidências continuam aparecendo. Isso é um trabalho de perseverança. Porque a cada dia que passa a gente ganhando tempo, eles vão ficando mais encurralados", colocou.
OPERAÇÃO CANGUÇU
Já foram apreendidas 17 armas, dentre elas dois fuzis .50 e 11 AK-47, carregadores, milhares de munições, coletes balísticos, capacetes balísticos, materiais explosivos e detonadores, além de coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, balaclavas e mochilas.Em Tocantins, para onde o bando fugiu, policiais de cinco estados (MT, GO, PA, MG e TO) compõem uma força-tarefa com quase 350 agentes, sendo 130 de Mato Grosso