Fábio Porchat saiu em defesa do comediante Leo Lins após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) proibir, na terça-feira (16), o humorista de fazer piadas contra minorias.
Fábio Porchat saiu em defesa do comediante Leo Lins após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) proibir, na terça-feira (16), o humorista de fazer piadas contra minorias. A decisão atendeu um pedido do Ministério Público de São Paulo.
“Isso aqui é uma vergonha! Inaceitável”, escreveu em rede social, nesta terça-feira (16). O nome de Porchat ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Por ordem da juíza Gina Fonseca Correa, o humorista Léo Lins foi obrigado a apagar do YouTube um especial de comédia que havia sido publicado no final de 2022 e contava com 3,3 milhões de acessos.
Segundo a juíza, o vídeo estaria “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”, como piadas sobre escravidão, perseguição religiosas e outras minorias.
A decisão proíbe ainda que o humorista publique, transmita, ou sequer mantenha em seus dispositivos quaisquer arquivos "com conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável".
Além disso, a juíza também proibiu que o comediante deixe São Paulo sem autorização judicial por mais de dez dias.
A decisão também exige que o humorista compareça mensalmente em juízo para justificar todas as suas atividades. Caso não cumpra as ordens, o comdiante terá que pagar multa diária de R$ 10 mil.
A defesa de Leo Lins irá recorrer da decisão: “Entendemos que isso configuraria censura prévia, o que é proibido pela Constituição”, disse.