A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira, 23, o projeto de lei que estabelece um reajuste médio de 20,2% no salário para as forças policiais.
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira, 23, o projeto de lei que estabelece um reajuste médio de 20,2% no salário para as forças policiais. Entre os 94 deputados, tiveram 84 votos favoráveis e nenhum contrário. Para que fosse aprovado, o projeto de lei precisaria de 48 votos para ser aprovado. Com isso, os servidores passarão a receber as novas mensalidades a partir de julho deste ano e o impacto orçamentário será de R$ 2,5 milhões neste ano. “Estamos recuperando o poder de compra e o prestígio das carreiras dos policiais civis, militares e técnico-científicos. Mais do que ganho real para as forças de segurança do Estado, esse reajuste representa o primeiro passo de um processo de valorização dessas carreiras”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com um reajuste médio de 20,2%, o montante é superior à inflação acumulada entre abril de 2022 e março deste ano, de 4,65% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
Sob iniciativa do governo do Estado de São Paulo, que enviou o texto par análise do legislativo no último dia 2 de maio, a medida reajusta os recebimentos com diferentes percentuais para cada setor da instituição, fato que pode gerar desgaste entre as corporações. As categorias de entrada na polícia foram as mais impactadas pelo aumento – soldado 2ª classe passa a receber R$ 4.8521,21 (aumento de 31,62%); escrivão 3ª classe passa a receber R$ 5.879,68, (aumento de 24,64%); policial técnico-científico 3ª classe passa a receber R$ 5.526,72, (aumento de 22,19%). Um delegado no início de carreira terá 20,7% de aumento, mas um capitão e 1º tenente terão um reajuste de 29%. Em média, delegados terão 17,9% de aumento e oficiais, 22,6% de reajuste. O impacto no orçamento estadual vai ser de R$ 2,5 bilhões em 2023. Por fim, nenhuma das emendas sugeridas pelos parlamentares foi aderida e o texto retorna ao próprio governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para sanção.