Geral 8 de janeiro

Ex-GSI de Lula, G. Dias mandou omitir do Congresso informes da Abin sobre 8 de Janeiro

O ex-ministro do GSI de Lula, general Gonçalves Dias, foi quem deu a ordem para a Abin adulterar um relatório oficial enviado ao Congresso e omitir do documento os alertas da agência a ele sobre a ameaça de invasão aos prédios dos Três Poderes, que ocorreu no dia 8 de janeiro deste ano.

Por Comando da Notícia

14/06/2023 às 09:43:40 - Atualizado há

O ex-ministro do GSI de Lula, general Gonçalves Dias, foi quem deu a ordem para a Abin adulterar um relatório oficial enviado ao Congresso e omitir do documento os alertas da agência a ele sobre a ameaça de invasão aos prédios dos Três Poderes, que ocorreu no dia 8 de janeiro deste ano.

A informação é do jornal Folha de S.Paulo. O relatório, sem os alertas para Dias, foi enviado à Comissão de Atividades de Controle de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional no dia 20 de janeiro.

O relatório continha as mensagens disparadas por entre 2 e 8 de janeiro pela Abin a diversos órgãos e autoridades, menos para Dias.

Na 1ª versão do documento não constavam os informes enviados diretamente ao celular do ex-ministro de Lula, pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

No total, 11 alertas enviados para Dias foram omitidos do 1º documento enviado ao Congresso, de acordo com o jornal.

Segundo a Folha, Dias mandou omitir esses alertas de uma minuta submetida previamente a ele com o argumento de que a troca de informações não ocorreu por canais oficiais.

Ao receber essa minuta, Dias determinou, de acordo com o jornal, que o relatório encaminhado ao Congresso Nacional contivesse apenas as informações distribuídas em grupos de WhatsApp.

A planilha completa ficou nos arquivos da agência de inteligência. A decisão competia ao ex-ministro de Lula, uma vez que, pela lei que instituiu o chamado Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), documentos sobre as atividades e assuntos de inteligência produzidos pela Abin somente podem ser fornecidos às autoridades pelo chefe do GSI.

Gonçalves Dias pediu demissão do GSI em 19 de abril, depois de imagens obtidas pela CNN Brasil, que eram mantidas sob sigilo pelo Governo Lula, mostrarem que ele estava dentro do Planalto e interagiu com manifestantes que depredaram e invadiram o prédio.

Quando Dias deu a ordem para a ocultação, a Abin era chefiada pelo oficial de inteligência Saulo Moura da Cunha.

Em março, Cunha deixou o cargo e passou a ocupar uma função no GSI, sob o comando de Dias. Entretanto, ele pediu exoneração há duas semanas, em 1º de junho.

Já o segundo relatório enviado ao Congresso Nacional, com os 11 alertas ao ex-ministro, só chegou no mês passado, por meio de um novo relatório da Abin.

Segundo a Folha, o 2º documento foi entregue à CCAI de forma espontânea pela direção atual da Abin depois que a PGR solicitou os informes.

Nesta época, G. Dias já não era mais o chefe do GSI, que estava sob o comando da Casa Civil.

Em nota encaminhada ao jornal, o advogado André Callegari, que defende o general, afirmou que não pode dar entrevista sobre o assunto, mas tem respondido a todas as investigações oficiais.

Fonte: GAZETA BRASIL
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