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Variação mais forte da tuberculose é detectada no Brasil pelo Adolfo Lutz

Pela primeira vez, cientistas brasileiras do Instituto Adolfo Lutz em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), detectaram uma cepa de tuberculose denominada extensivamente resistente, que é mais forte e resistente a antibióticos.

Por Comando da Notícia

20/06/2023 às 14:33:32 - Atualizado há

Pela primeira vez, cientistas brasileiras do Instituto Adolfo Lutz em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), detectaram uma cepa de tuberculose denominada extensivamente resistente, que é mais forte e resistente a antibióticos. O tratamento dessa variação se torna mais complexo e propenso a casos graves, sendo que quatro pacientes com tuberculose já em tratamento apresentaram resistência a pelo menos dois medicamentos tradicionais, um deles resistência a todos os quatro remédios disponíveis.

Nesses casos, a bactéria causadora da tuberculose, a Mycobacterium tuberculosis, adquiriu resistência aos medicamentos tradicionais utilizados para o tratamento, tais como rifampicina e isoniazida, que são oferecidos pelo SUS há décadas.

Além disso, segundo a classificação mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), a variação mais forte da doença apresenta resistência também a medicamentos mais modernos e recentemente introduzidos no Brasil, como a bedaquilina ou linezolida e fluoroquinolonas.

A tuberculose é uma doença que pode ser tratada com medicamentos, mas em alguns casos, a bactéria responsável pela doença, Mycobacterium tuberculosis, desenvolve resistência aos tratamentos tradicionais disponíveis. Existem diferentes tipos de resistência, como a tuberculose multirresistente, que apresenta dificuldade em ser tratada com os remédios padrão, e a tuberculose extensivamente resistente, que é ainda mais difícil de tratar e apresenta resistência a medicamentos modernos.

Um estudo recente realizado pelo Núcleo de Tuberculose e Micobacterioses (NMT), em parceria com outras instituições, avaliou a eficácia de 13 medicamentos no tratamento da tuberculose, incluindo as recomendações da OMS. Foi verificado que muitos desses medicamentos não são eficazes contra as cepas mais resistentes da bactéria. Isso significa que um tratamento mais personalizado, que leve em conta a resistência específica da bactéria, pode ser necessário para garantir a cura da doença em alguns casos.

 

Fonte: GAZETA BRASIL
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