O ministro do Interior da Argentina, Eduardo “Wado” de Pedro, foi escolhido pela ala kirchnerista do peronismo para concorrer às eleições presidenciais do dia 22 de outubro, que serão precedidas por uma primária obrigatória para cada coalizão em 13 de agosto.
O ministro do Interior da Argentina, Eduardo “Wado” de Pedro, foi escolhido pela ala kirchnerista do peronismo para concorrer às eleições presidenciais do dia 22 de outubro, que serão precedidas por uma primária obrigatória para cada coalizão em 13 de agosto. “Vamos recuperar a esperança e o orgulho de sermos argentinos. Quero ser o presidente de vocês, o presidente de todas as famílias argentinas”, anunciou nesta quinta-feira, 22, o advogado de 46 anos, ex-deputado e filho de desaparecidos durante a última ditadura civil-militar (1976-1983), apenas dois dias antes do prazo legal para que cada coalizão informe seus pré-candidatos, dos quais restará um a ser formado após as primárias de agosto. Em um vídeo publicado no Twitter, o político admitiu que a Argentina tem “problemas urgentes” a serem resolvidos, em particular o endividamento “irresponsável”, o “drama” da inflação e uma taxa de pobreza “inaceitável”.
De Pedro disse que é necessário trabalhar para desenvolver o “potencial” das províncias do país, pediu a recuperação da “esperança” e da “confiança” na sociedade e prometeu trabalhar “tão duro quanto qualquer outro” por seu país. Em sua mensagem, o ministro não revelou quem seria seu companheiro de chapa, depois de um dia repleto de rumores sobre a possibilidade de seu candidato a vice-presidente ser Juan Manzur, governador da província de Tucumán desde 2015, ex-ministro da Saúde do país e chefe do Gabinete de Ministros do governo de Alberto Fernández entre 2021 e fevereiro deste ano. Em meio a uma batalha política particular dentro do partido governista, até agora o ex-vice-presidente e atual embaixador no Brasil Daniel Scioli era o principal nome do peronismo que havia confirmado sua pré-candidatura, com o apoio implícito do presidente, embora a estratégia do setor influente liderado pela vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, ainda não fosse conhecida.
Ministro do Interior desde que Alberto Fernández chegou ao poder, em dezembro de 2019, De Pedro é uma das principais referências do kirchnerismo. Nascido em 11 de novembro de 1976, o agora pré-candidato presidencial é filho de Enrique de Pedro e Lucila Révora, ativistas que desapareceram e foram assassinados durante a última ditadura. Membro fundador do grupo que reúne filhos de vítimas da ditadura e com uma longa militância no campo dos direitos humanos, ele entrou para a política em 2004, como um dos fundadores do grupo kirchnerista La Cámpora. O político já ocupou os cargos de vice-presidente da estatal Aerolíneas Argentinas, foi membro do Conselho do Poder Judiciário e secretário-geral da presidência em 2015, durante o último ano do governo de Cristina Kirchner.
*Com informações da Agência EFE