A Arábia Saudita pode reduzir as exportações de petróleo para os EUA em julho, o que resultaria no aperto dos mercados ocidentais, informou a Bloomberg na segunda-feira (26).
A Arábia Saudita pode reduzir as exportações de petróleo para os EUA em julho, o que resultaria no aperto dos mercados ocidentais, informou a Bloomberg na segunda-feira (26).
O reino deve reduzir unilateralmente sua produção de petróleo no próximo mês em 1 milhão de barris por dia (bpd), o que equivale a uma queda de 10%. A medida reduziria a produção total do país para 9 milhões de barris por dia, seu nível mais baixo desde 2011.
Após o corte na produção, Riad teria menos de 6 milhões de barris para exportação, segundo estimativas da Bloomberg. Como resultado, as exportações de petróleo para os países ocidentais podem ser mais afetadas do que os embarques para a Ásia, o principal mercado da Arábia Saudita, previu a agência.
"A maior parte disso iria para o leste de Suez, onde a Saudi Aramco, a gigante estatal do petróleo, disse a várias refinarias asiáticas que obteriam tanto petróleo quanto pedissem. Isso significa que quaisquer cortes serão sentidos a oeste de Suez: Europa e Estados Unidos", afirmou o artigo.
Priorizando o fornecimento para seus mercados asiáticos tradicionais, Riad poderia reduzir as exportações para os EUA para forçar um aperto no mercado que seria evidente nos relatórios de estoque, disse a agência. A Aramco controla a maior refinaria por capacidade nos EUA, a Motiva, e também pode influenciar o fornecimento para a instalação de 630.000 bpd em Port Arthur, observou a Bloomberg.
Os cortes na produção podem ser estendidos além de julho, revelou o ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman. A medida potencial se somaria aos cortes voluntários acordados entre Riad e vários grandes produtores da Opep+, incluindo a Rússia, que entraram em vigor em maio.
Os cortes diários de cerca de 1,66 milhão de barris até o final de 2023 se somaram aos acordos anteriores, fazendo com que a redução total da produção da OPEP+ fosse de 3,66 milhões de barris diários, ou 3,7% da demanda global de petróleo.