Na quinta-feira (6), o Tribunal de Contas da União (TCU) comunicou à reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que julgou improcedente e arquivou a representação envolvendo o programa Universidade Aberta do Brasil (UBA).
Na quinta-feira (6), o Tribunal de Contas da União (TCU) comunicou à reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que julgou improcedente e arquivou a representação envolvendo o programa Universidade Aberta do Brasil (UBA). Essa decisão ocorre seis anos depois do início da operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal, que também investigava o UBA e suspeitas de desvio de recursos de programas de ensino à distância (EAD
Em 2017, quando a operação foi deflagrada, o então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, foi preso e, dezessete dias depois, cometeu suicídio.]
No ano de 2017, o reitor Cancellier e outros professores da UFSC foram investigados pela Polícia Federal por supostas irregularidades na distribuição de recursos em cursos de educação à distância da universidade. Essa investigação, conhecida como Operação Ouvidos Moucos, gerou debates sobre a forma como foi conduzida, a espetacularização do caso e a falta de provas. Inicialmente, a polícia divulgou que o valor desviado seria de R$ 80 milhões, porém, posteriormente, retificou que esse era o valor destinado ao programa.
A família de Cancellier alegou que sua prisão e subsequente morte foram desencadeadas após sua detenção, acusado de interferir nas investigações. Após um dia de prisão, ele foi solto por falta de provas apresentadas pela delegada Erika Marena, que também estava envolvida na Operação Lava Jato.
A família de Cancellier acusou a Polícia Federal de abuso de poder durante todo o processo. Após o falecimento de Cancellier, foi encontrado um bilhete junto à sua carteira de motorista, onde dizia: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade”.