Em depoimento há pouco à Polícia Federal no inquérito que apura uma suposta trama golpista envolvendo o senador Marcos do Val e o deputado Daniel Silveira, Jair Bolsonaro negou qualquer relação com o plano ou mesmo ter tomado conhecimento da intenção dos parlamentares de gravar Alexandre de Moraes.
Em depoimento há pouco à Polícia Federal no inquérito que apura uma suposta trama golpista envolvendo o senador Marcos do Val e o deputado Daniel Silveira, Jair Bolsonaro negou qualquer relação com o plano ou mesmo ter tomado conhecimento da intenção dos parlamentares de gravar Alexandre de Moraes. O ex-presidente confirmou ter recebido Do Val no Palácio da Alvorada, a pedido de Silveira, que a conversa durou cerca de 20 minutos, mas “nada foi falado sobre o ministro do Supremo”.
Bolsonaro disse ainda desconhecer que o deputado houvesse recrutado o senador, mas “ouvia de Daniel Silveira” que Do Val “teria algo para mexer com a República”. Ele negou, porém, que tenha tratado com ambos sobre “equipamentos de escuta ou gravação” e “que, após a reunião, sem saber precisar a data, recebeu uma mensagem de Marcos do Val” com um “print de mensagem, originariamente enviada ao ministro Alexandre de Moraes”. Nessa mensagem, Do Val dizia ao ministro que o presidente não estaria fazendo nada de errado, mas que Daniel Silveira estaria tentando convencê-lo a prosseguir na execução de algum plano.”
Por essa razão, Bolsonaro respondeu “coisa de maluco”, especulando que o parlamentar tentava reduzir o dano à imagem, após matérias e entrevistas com versões diferentes sobre o episódio. A defesa de Bolsonaro deixou consignado no depoimento à PF que não teve acesso à íntegra do inquérito e que o depoimento de Silveira só foi disponibilizado minutos antes da audiência de hoje.