Cidade de MT foi a 6ª mais violenta do Brasil no ano passado

Conhecida como "Cidade do Medo", Sorriso foi o 6º município brasileiro mais violento em 2022.

A informação consta no 17ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20).

Conforme o levantamento, a cidade no Norte do Estado, que tem um dos maiores PIBs agropecuários do País, teve uma taxa de 70,5 mortes violentas para cada 100 mil habitantes no ano passado.

A título de comparação, a taxa média brasileira ficou em 19,5/100.000.

A lista das cidades mais violentas do Brasil – que leva em conta aquelas com mais de 100 mil habitantes – é liderada por três localidades baianas: Jequié (taxa de 88,8 mortes violentas para cada 100 mil moradores), Santo Antônio de Jesus (88,3) e Simões Filho (87,4).

O estudo produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra em números o que a população de Sorriso tem sofrido nos últimos anos, sobretudo em 2020, com uma crescente onda de violência.

Segundo das autoridades, a matança na cidade foi fruto de uma guerra travada entre faccionados.

Em entrevista dada ao MidiaNews em agosto do ano passado, o delegado Eugênio Rudy Júnior, da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Sorriso, explicou que a violência se deveu a uma cisão na organização criminosa mais poderosa do Estado, o Comando Vermelho, que atua no município.

"Havia uma facção criminosa aqui e ela se dividiu. A partir daí os dissidentes começaram a se matar entre eles, na disputa por espaço territorial", afirmou o delegado.

Sorriso também foi uma das cidades que mais cresceram no Brasil na última década, conforme o Censo divulgado neste ano. Entre 2010 e 2022, a população da cidade cresceu 66,73%, chegando a 110.635.

O estudo

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.

A publicação é uma ferramenta importante para a promoção da transparência e da prestação de contas na área, contribuindo para a melhoria da qualidade dos dados.

Veja o ranking (taxa de mortes violentas para cada 100 mil habitantes)