O motociclista Maikon Dolglas Gonçalves da Silva, de 25 anos, teve parte do dedo da mão decepado nessa segunda-feira (17) após atingir um cabo solto em uma rua próximo a arena do Porto do Baé, em Barra do Garças (a 509 km de Cuiabá). Ele estava acompanhado da esposa, Camila Amorim, 19 anos, que também ficou ferida.
O casal vive em Aragarças – GO e seguia para o trabalho, por volta das 5h30. O jovem trafegava pela rua José Valeriano Costa, quando o fio que estava caído veio em sua direção. Como reflexo, ele colocou a mão direita na frente, momento em que o cabo decepou seu dedo indicador e atingiu o pescoço da companheira.
"No momento eu nem senti que tinha decepado, ainda andei alguns metros à frente quando notei que minha mão estava sangrando bastante", disse Maikon ao Semana7.
Ele foi socorrido por um colega de trabalho e levado ao Pronto-Socorro Municipal para atendimento médico.
Agora, o casal tenta descobrir de quem é a responsabilidade pela fiação solta na rua. Eles também registraram o caso na Polícia Civil e aguardam o laudo do exame de corpo de delito para seguir com as providências. O resultado deve sair em 30 dias.
"Nós vamos correr atrás para descobrir qual era a empresa, até para conscientizar também outras pessoas", afirmou Maikon.
De quem é a responsabilidade?
A Reportagem contatou o secretário municipal de Transportes e Serviços Públicos, Luan Alisson Gonçalves, e, segundo ele, a fiscalização e manutenção desses fios são responsabilidade das empresas de telecomunicação e distribuidora de energia elétrica que compartilham a mesma estrutura.
Procurada, a Energisa informou que as próprias empresas de telecom são responsáveis pela instalação e manutenção dos fios das mesmas e que a concessionária apenas faz o gerenciamento dos postes.
Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), declarou em nota que a responsabilidade pela manutenção da fiação cabe às empresas distribuidoras de energia elétrica e operadoras de telefonia, conforme as regras de compartilhamento de postes firmados entre as duas agências.
Ainda de acordo com a Anatel, as prestadoras de serviço de comunicação devem observar a legislação local, o plano de ocupação e, especialmente, a conformidade técnica com as normas de postes de cada distribuidora, se sujeitando às responsabilidades decorrentes da sua conduta ou omissão na gestão de redes de telecomunicações.
Legislação municipal
Em maio deste ano, o vereador de Barra do Garças Pedro Filho (PSD) apresentou na Câmara Municipal um projeto de lei que visa obrigar empresas de telefonia, internet e correlatos, a realizar proteção, alinhamento, remoção de cabos, fios e similares, excedentes, danificados ou sem uso instalados por quem opera ou utiliza rede aérea na cidade.
O texto trazia regras e responsabilidade definidas para as empresas, estabelecendo prazos para adequação, bem como medidas de fiscalização.
SEMANA 7