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Ucrânia diz que a Rússia bloqueou "quase todos" os portos: "Nenhum navio pode sair"

Kiev carece de defesas antiaéreas para proteger suas infraestruturas de cereais dos ataques russos, que bloquearam "quase todos" os portos ucranianos, disse uma porta-voz do exército ucraniano à agência de notícias AFP.

Por Comando da Notícia

28/07/2023 às 01:50:18 - Atualizado há

Kiev carece de defesas antiaéreas para proteger suas infraestruturas de cereais dos ataques russos, que bloquearam "quase todos" os portos ucranianos, disse uma porta-voz do exército ucraniano à agência de notícias AFP.

Moscou intensificou os ataques no principal porto de Odessa e outras cidades do sul da Ucrânia desde que abandonou o acordo que permitia a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro, o qual havia permitido a saída de 33 milhões de toneladas de grãos em um ano.

"Precisamos de defesa antimísseis e aérea. Reforçada, poderosa, moderna e capaz de contra-atacar os tipos de mísseis que o inimigo usa contra nós", disse Nataliya Gumenyuk, porta-voz do comando Sul do exército ucraniano, em entrevista na quarta-feira.

Segundo ela, as tropas ucranianas precisam principalmente de aviões F-16 dos EUA, capazes de atacar os sistemas de armamento e os navios russos usados para atacar o sul da Ucrânia.

Embora a Ucrânia tenha sistemas de defesa ocidentais, incluindo o muito sofisticado Patriot, a Rússia "está constantemente melhorando suas táticas e não vai parar", explicou Gumenyuk.

Segundo ela, Moscou dispara simultaneamente mísseis de cruzeiro, mísseis supersônicos e antinavios quando "os meios de defesa estão dispersos" e todos "não são capazes de contra-atacar esta ameaça".

Moscou também restabeleceu o bloqueio dos portos ucranianos desde que abandonou o acordo de cereais, acrescentou Gumenyuk. "O que está acontecendo agora é que quase todos os portos estão bloqueados. Nenhum navio pode sair", disse ela.

Portanto, Kiev conta com a "boa vontade" de seus aliados ocidentais para fornecer sistemas antiaéreos "a tempo".

"Em dois ou três meses, é possível que não tenhamos mais portos", alertou.

O presidente Volodymyr Zelensky acusou Moscou de deliberadamente mirar em locais usados para transportar e armazenar cereais ucranianos, já que a Rússia, outro importante produtor e exportador de cereais, diz que está pronta para substituir a Ucrânia.

Vladimir Putin até prometeu na quinta-feira entregar cereais de graça para seis países africanos, e disse que entre 25.000 e 50.000 toneladas de cereais poderiam ser entregues em breve.

"Eles querem dominar o Mar Negro. Eles querem ter o monopólio dos cereais. Eles querem eliminar a Ucrânia como um país capaz de alimentar o mundo", argumentou Gumenyuk.

Ataque noturno em Odessa

Na noite de quarta-feira, a Rússia voltou a atacar com mísseis de cruzeiro Kalibr uma infraestrutura portuária na região de Odessa, no sul da Ucrânia, onde um guarda de segurança morreu como resultado do bombardeio, informou a Administração Militar da região em um comunicado.

"Como resultado do ataque, morreu um guarda de segurança, um civil, nascido em 1979", escreveu o representante da Administração Militar da região de Odessa, Oleg Kiper, em sua conta no Telegram.

Kiper explicou que os mísseis russos causaram danos ao equipamento técnico de uma das terminais de carga de um porto na região, que não especificou. Também sofreram danos uma construção dedicada à segurança da infraestrutura e dois carros.

A Rússia atacou quase diariamente na semana passada infraestruturas portuárias da região de Odessa dedicadas à exportação de cereais, depois de anunciar que não estenderia o chamado acordo do grão pelo qual se comprometeu em julho de 2022 a permitir a saída de produtos agrícolas por três portos ucranianos do Mar Negro.

A Ucrânia busca com seus parceiros internacionais fórmulas para reabrir o corredor previsto pelo acordo, que é vital para a exportação de produtos agrícolas ucranianos, dos quais depende em grande medida a segurança alimentar de várias regiões do mundo e a estabilidade do mercado agrícola internacional.

(Com informações da AFP e EFE)

Fonte: GAZETA BRASIL
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