A diretoria da Petrobras discute o reajuste dos combustíveis.
A diretoria da Petrobras discute o reajuste dos combustíveis. O mercado nacional opera com uma defasagem em torno de 28% no diesel e 25% na gasolina. Na última sexta-feira, 11, durante o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que um dos maiores desafios do governo, neste momento, em relação a política de energia, é equilibrar o preço dos combustíveis, de forma que satisfaça o consumidor, com questões que envolvem políticas de preços da Petrobras e internacional. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o professor do Instituto de Energia da PUC-Rio, Edmar de Almeida, disse que o nível de defasagem dos combustíveis é “insustentável” e falou que a Petrobras terá que aumentar os preços. “Caso não alinhe os preços, vamos correr o risco de desabastecimento no Brasil. Isso porque as empresas privadas são as principais importadoras de diesel para o país. E também temos o problema das refinarias privadas. Elas compram petróleo a preço internacional. Então se a Petrobras mantiver os preços inferior ao patamar internacional por muito tempo, as empresas privadas poderão deixar de importar, as refinarias vão passar a exportar e a Petrobras vai ter que importar todo o diesel para garantir o abastecimento. A ideia de desalinhar o nosso preço do mercado internacional não funciona. Vai ter que reajustar para ver se consegue o funcionamento do mercado e atendimento dos consumidores brasileiros”, explicou.