A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira, 15, o líder do MST João Pedro Stédile.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira, 15, o líder do MST João Pedro Stédile. O depoimento será a partir das 14h. A convocação de Stédile veio de um requerimento do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) e subscrita por outros dois parlamentares: Kim Kataguiri (União-SP) e Coronel Assis (União-MS). Com o objetivo de apurar a relação do governo federal com o MST e possíveis irregularidades nessa relação, a CPI pode estar com os dias contados. Com quase 90 dias completados, a tendência atual é que o colegiado se encerre com os primeiros 120 dias.
Apesar da intenção do presidente da comissão, Coronel Zucco (Republicanos-RS), e do relator, Ricardo Salles (PL-SP), de prorrogar os trabalhos da CPI por mais 60 dias, uma manobra regimental do governo pode dar fim aos trabalhos já no próximo mês. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem costurando acordos para uma minirreforma ministerial, que vai contemplar partidos como PP e Republicanos, que não compõem a Esplanada no atual momento. Novas aliadas do governo, as duas legendas trocaram seus integrantes na CPI do MST. No lugar dos deputados de oposição, PP e Republicanos colocaram quadros mais alinhados ao presidente Lula. Partidos como MDB e União Brasil também fizeram o mesmo movimento. Com todas as trocas realizadas, a base governista passará a ter maioria dentro da comissão e pode não só evitar sua prorrogação como reprovar o relatório final de Ricardo Salles.