Os investigadores da Polícia Federal (PF) afirmaram que o recente depoimento prestado pelo hacker Walter Delgatti nesta sexta-feira (18) trouxe algumas pistas que poderiam contribuir para comprovar suas alegações, embora essas pistas se mostrem bastante frágeis.
Os investigadores da Polícia Federal (PF) afirmaram que o recente depoimento prestado pelo hacker Walter Delgatti nesta sexta-feira (18) trouxe algumas pistas que poderiam contribuir para comprovar suas alegações, embora essas pistas se mostrem bastante frágeis. A informação foi relatada pelo g1.
Delgatti foi convocado a depor novamente após suas declarações na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos do 8 de Janeiro, realizada na quinta-feira (17). Ele reafirmou o conteúdo apresentado à CPMI e relatou à PF que:
No novo depoimento, o hacker reiterou as informações anteriormente prestadas na CPMI e expandiu seus relatos perante a PF. Entre as informações compartilhadas, destacam-se a menção a uma promessa de indulto feita por Bolsonaro em caso de detenção por suposta sabotagem das urnas eletrônicas. Além disso, mencionou uma suposta menção a um possível “grampo” de Alexandre de Moraes, citado pelo ex-presidente, acompanhada do pedido para que Delgatti assumisse a responsabilidade pela invasão.
As alegações também abrangeram a alegada promessa de Carla Zambelli de empregá-lo em sua campanha de 2022, mediante colaboração nas estratégias para enfraquecer o sistema eleitoral e a justiça. Além disso, Delgatti compartilhou detalhes sobre o pedido de Duda Lima por um “código-fonte” falso, com a intenção de explorar possíveis vulnerabilidades nas urnas.
O hacker reconheceu estar ciente de que suas ações constituíam um crime ao sabotar as urnas, alegando ter agido sob ordens de Bolsonaro. Ele também afirmou que Zambelli teria redigido um mandado de prisão fictício contra Moraes, além de prestar assistência a funcionários do Ministério da Defesa na elaboração de um relatório sobre urnas eletrônicas.