No começo de agosto, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu o consórcio que reúne Estados do Sul e Sudeste (Cossud) e chamou a atenção para a criação de um fundo de desenvolvimento que contempla Norte, Nordeste e Centro-Oeste na reforma tributária.
No começo de agosto, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu o consórcio que reúne Estados do Sul e Sudeste (Cossud) e chamou a atenção para a criação de um fundo de desenvolvimento que contempla Norte, Nordeste e Centro-Oeste na reforma tributária. “Agora, e o Sul e o Sudeste? Não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade… Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais”, disse Zema. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News, desta quinta-feira, 24, o governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL) ampliou a discussão e falou que sulistas e sudestinos devem ter acesso a uma “beiradinha” do Fundo de Desenvolvimento Regional.
“O Sul e o Sudeste têm um entendimento e uma conversa muito amistosa. […] Eu não quero diminuir nada de ninguém. Só defendo que o Sul e o Sudeste também tenham um pouquinho do Fundo de Desenvolvimento Regional porque aqui também tem pobreza. Tem pobre que vem de todos os cantos. Porque é só para o Norte e Nordeste o Fundo de Desenvolvimento Regional. Eu sempre defendi e defendo agora que a gente tenha uma ‘beiradinha’ no fundo para fazer obra de infraestrutura e que a gente também se aproveite disso”, disse Mello. Favorável à reforma tributária, o governo pediu que as dúvidas sejam esclarecidas. “Eu vou me reunir com os governadores desses Estados [Sul e Sudeste] lá em Santa Catarina daqui a alguns dias para que a gente possa falar efetivamente sobre a reforma tributária. Eu sou a favor dela, mas temos algumas dúvidas e precisamos esclarecer. Senão ela passa e a gente fica pensando: ‘Por que eu não apertei mais?'”, continuou.
Durante o programa, Mello também falou sobre seu relacionamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que ainda não teve a oportunidade de conversar e se encontrar o com o petista, mas que vai se relacionar de maneira republicana, visando o melhor para o seu Estado. “Eu não tive oportunidade de falar com o presidente. De forma republicana, eu tenho que me relacionar com quem é presidente do Brasil. Tenho tratado com algum ministro sobre assuntos de Santa Catarina, a ministra da saúde, sobre pandemia, dengue, hospitais. Eu não vou me negar a falar com quem quer que seja para defender os interesses de Santa Catarina. O relacionamento deve ser respeitoso”, disse Jorginho. O PL, partido do governador e do ex-presidente Jair Bolsonaro, é o principal representante da oposição ao atual governo.