Os sócios da 123milhas, Ramiro e Augusto Soares Madureira, não compareceram, pela segunda vez, para depor na CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados.
Os sócios da 123milhas, Ramiro e Augusto Soares Madureira, não compareceram, pela segunda vez, para depor na CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados. Eles tinham sido convocados para prestar depoimento nesta quarta-feira (30), às 18h, mas alegaram “questão de agenda” e não apareceram.
Na terça-feira (29), os sócios já haviam enviado um ofício à CPI pedindo para adiar o depoimento, alegando que estavam “ocupados com reuniões e compromissos”. A defesa dos empresários também informou que eles só estariam disponíveis a partir do dia 4 de setembro.
O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que o novo pedido de adiamento “causou estranheza” e que os sócios teriam agendado uma reunião com o ministro do Turismo, Celso Sabino, para “fugir” do depoimento.
“Eles abriram uma solicitação na agenda do ministro do Turismo para fugir desse depoimento. Não cabe outra medida a essa comissão que não seja a condução coercitiva. O ofício já foi expedido. Vamos adotar o mesmo modelo com outros depoentes, também pedindo que eles não possam se ausentar do país, até porque milhas não estão faltando”, disse Aureo.
O deputado também alfinetou o ministro Celso Sabino por agendar uma reunião no mesmo horário da oitiva da CPI. “Quero lamentar que o ministro do Turismo marque uma reunião no mesmo momento. Quero acreditar que o ministro não tinha essa informação e foi usado por esses que já estão utilizando da boa-fé dos brasileiros”.
A Justiça Federal do Distrito Federal foi acionada para expedir um mandado de condução coercitiva dos sócios da 123milhas. Os empresários podem ser obrigados a depor na CPI, mesmo contra sua vontade.