O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o Banco Central pelas altas taxas de juros no país e falou que “não tem diálogo com o presidente do banco, Roberto Campos Neto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o Banco Central pelas altas taxas de juros no país e falou que “não tem diálogo com o presidente do banco, Roberto Campos Neto. As declarações foram dadas em uma cerimônia de comemoração aos 18 anos de criação do Programa Agroamigo e dos 25 anos do Crediamigo, em Fortaleza (CE), nesta sexta-feira, 1. “Nós temos que ter dinheiro para investir. E dinheiro para ser investido a juros baratos. Por isso é que o cidadão do Banco Central precisa saber que ele é presidente do Banco Central do Brasil e não do Banco Central de um país que não seja o Brasil, e que precisa baixar o juros. Não é possível", disse. O chefe do Planalto afirmou que vai "continuar brigando" e comentou ainda o crescimento de 0,9% da economia brasileira e afirmou que a alta do PIB deve ser distribuída para a população. "Espero que alguns economistas e que o senhor presidente do BC estejam assistindo. Essa gente precisa compreender que o dinheiro que existe nesse país precisa circular nas mãos de muita gente. Se ficar parado nas mãos de poucos, é concentração de riqueza. Se distribuído, esse dinheiro vai gerar mais emprego, desenvolvimento. A economia vai crescer. O PIB não pode crescer e não ser distribuído", disse Lula.
“Nós vamos continuar brigando. É importante vocês saberem: o presidente do Banco Central não foi indicado por nós. Ele foi indicado pelo presidente anterior. E o Banco Central agora é autônomo. Não tem mais interferência da Presidência da República e conversar. Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou e quem o indicou não fez coisas boas nesse país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo”, acrescentou.