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BARRA DO GARÇAS

Acusado de agressão policial penal é solto; jovem muda versão sobre o caso

Juiz determinou soltura em audiência de custódia; jovem se recusou a passar por exame de corpo de delito.


Preso por suspeita de agredir e ameaçar a namorada em um hotel em Barra do Garças (a 515 km de Cuiabá), o superintendente do Sistema Penitenciário da região Leste, João Batista Alves Borba, 44 anos, foi solto após passar por audiência de custória. A decisão foi assinada pelo juiz Douglas Bernardes Romão, na tarde desta sexta-feira (13), e mantém em vigor as medidas protetivas solicitadas pela Polícia Civil em favor da vítima, em razão da investigação estar em andamento.

O caso foi registrado nessa madrugada e João Batista foi preso em flagrante. Nesta manhã, a jovem de 23 anos apresentou uma nova versão sobre o ocorrido e se recusou a fazer o exame de corpo delito.

De acordo com a primeira versão da jovem, ambos tinham um relacionamento cheio de conflitos e, ontem, estavam consumindo bebida alcoólica em um bar, onde começaram a discutir. Depois, eles teriam ido para um hotel, no qual o homem teria ficado ainda mais violento e quebrado seus pertences. Ela ainda afirmou que o superintendente teria a agredido e ameaçado com uma arma. No entanto, a defesa do suspeito procurou o RD NEWS e informou que a jovem foi até a delegacia e solicitou a ratificação de algumas informações prestadas.

Às 9h desta sexta-feira estava agendado o exame de corpo delito. Consta no termo de declaração, ao qual a reportagem teve acesso, que quando chegou à Delegacia, a jovem alegou não ter sinais de lesões pelo corpo e não lembrar ao certo o que teria ocorrido. Por isso, solicitou alterações no registro da ocorrência. No segundo depoimento, ela disse que os dois não brigaram no bar e que a discussão começou quando já estavam no hotel.

Nesta versão, a jovem detalhou que o rapaz manifestou ciúmes e ela, com receio, insinuou que iria embora. Nesse momento, ele teria se exaltado e sentado em cima dela para que ela não conseguisse sair do local. Ela ainda destacou que o suspeito não teria sacado a arma contra ela, mas confirmou que ele quebrou alguns objetos pessoais.

Diante da situação, ela teria ficado com medo, saído do quarto e resolvido ligar para a Polícia já no saguão do hotel, momento no qual o superintendente tomou rumo ignorado.

A defesa de João Batista Alves Borba também frisou que os dois não possuem um relacionamento e que essa seria a segunda vez que se encontravam. Por isso, não seria verdadeira a informação que eles tinham um relacionamento conflituoso, como dito pela mulher no primeiro momento.


Suspenso do cargo

Com a repercussão do caso, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) disse que abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e que o superintendente foi afastado de suas funções. Em decisão de liberdade provisória, a Justiça determinou que seja investigado pela Promotoria de Patrimônio Público o uso privado de veículo oficial utilizado pelo superintendente.


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