O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hosein Amirabdolahian, alertou que o país pode tomar “ação preventiva” contra Israel, possivelmente “nas próximas horas”.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hosein Amirabdolahian, alertou que o país pode tomar “ação preventiva” contra Israel, possivelmente “nas próximas horas”.
Em entrevista à televisão iraniana Ofogh TV, Amirabdolahian disse que “se a oportunidade for perdida, novas frentes não serão abertas contra Israel”.
O ministro também apelou aos Estados Unidos para “pararem os crimes contra civis” e disse que a “guerra de resistência levará a mudanças no mapa do regime sionista”.
Os temores de uma escalada regional do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas cresceram no domingo. Teerã alertou que “ninguém” poderia “garantir o controle da situação” no caso de uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, enquanto os Estados Unidos expressavam receio de um possível “envolvimento direto” do Irã.
Em visita ao Qatar no domingo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã alertou para uma possível “ampliação do conflito”.
“Se os ataques do regime sionista contra a população indefesa de Gaza continuarem, ninguém poderá garantir o controle da situação”, disse Hosein Amirabdolahian numa entrevista ao canal catariano Al Jazeera.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que existe “o risco de uma escalada deste conflito, da abertura de uma segunda frente no norte e, claro, do envolvimento do Irã”.
“É um risco, e é um risco do qual temos consciência desde o início” do conflito, acrescentou o conselheiro do Presidente Joe Biden.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que não quer “ver outro grupo terrorista como o Hezbollah expandir-se e abrir (novas) frentes”.
A conselheira especial da ONU para a prevenção de genocídios, Alice Wairimu Nderitu, mencionou num comunicado de imprensa o “risco muito sério de uma escalada militar na região”.
O presidente francês Emmanuel Macron disse que alertou seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, “contra qualquer escalada ou extensão do conflito”.
Os confrontos mortais estão a aumentar entre o Hezbollah pró-Irão e o exército israelita na fronteira com o Líbano.
Desde o início da guerra, os confrontos na fronteira deixaram uma dúzia de mortos do lado libanês, a maioria combatentes, mas também um jornalista da Reuters e dois civis. Do lado israelense, pelo menos duas pessoas foram mortas.
O Hezbollah assumiu a responsabilidade por um novo ataque no norte de Israel, na área de Hanita, alegando ter “matado e ferido vários soldados inimigos” e destruído dois tanques Merkava e outro veículo militar.
Aviões de guerra israelenses atacam posições do Hezbollah no Líbano e ocorrem trocas de tiros na fronteira, segundo porta-vozes militares hebreus.
O ministro da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que os Estados Unidos enviariam um segundo porta-aviões ao Mediterrâneo Oriental, a fim de “disuadir ações hostis contra Israel ou qualquer tentativa de prolongar esta guerra”.