Em meio às eleições na Argentina e uma disputa acirrada, os presidenciáveis se mostraram otimistas neste domingo, 22, durante a votação.
Em meio às eleições na Argentina e uma disputa acirrada, os presidenciáveis se mostraram otimistas neste domingo, 22, durante a votação. O atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, tentou transmitir tranquilidade, mas evitou fazer comentários direitos sobre a corrida eleitoral. "Para os argentinos, o quarto escuro [cabine de votação] representa o futuro da Argentina nos próximos quatro anos", afirmou. "Temos a enorme tarefa, quem governa, de resolver vários problemas do país. Falar do resultado agora é um erro. Você tem que esperar que as pessoas votem e tem que ser respeitoso. Em vez de forçar, vamos ouvir a voz das urnas", respondeu o candidato em conferência de imprensa.
Inicialmente, Massa teve o apoio do presidente Alberto Fernández e da vice Cristina Kirchner para concorrer à presidência. Contudo, próximo ao pleito os atuais representantes argentinos não abraçaram campanha do ministro. No fechamento de sua campanha, Massa tentou se desvincular da atual gestão. "Meu governo será diferente deste", afirmou. Kirchner, que rompeu com o governo de Fernandéz, também não demonstrou apoio ao herdeiro político do atual presidente. “Desde 2020 que digo que as políticas e os preços têm de estar alinhados e eles não me ouvem. Num país presidencialista como este, o presidente é quem decide, para o bem ou para o mal”, afirmou a vice. Massa foi escolhido para representar o peronismo, mas não conseguiu o apoio contundente dos companheiros de partido.
O mesmo vale para outros candidatos. "Como vou me aposentar se vou ser presidente?", afirmou a candidata de centro-direita Patrícia Bullrich, ao ser questionada sobre as declarações da vice-presidente Cristina Kirchner. Pouco antes, Kirchner declarou que, apesar de não ter mais um cargo, não deixaria a política. "Digo ao povo argentino que sempre, sempre trazemos paz de espírito", disse Bullrich. Ela acrescentou que se Kirchner, sendo vice-presidente, não foi ouvida, "parece uma desculpa para não assumir o que o governo tem sido." Ela também afirmou estar feliz com tudo que foi feito em sua campanha. “Me sinto bem. "Imagino comemorar", refletiu.
Depois de votar em sua sessão eleitoral, o candidato de extrema-direita, Javier Milei, afirmou que tem condições de fazer “o melhor governo da história” do país. Ao ser questionado pela imprensa se temia a governabilidade do país, o economista responder que “de forma alguma” e demonstrou otimista com o possível presidência. "Temos condições de criar o melhor governo da história", afirmou. "Vamos conseguir colocar a Argentina de pé", acrescentou o candidato antes de entrar no carro.
Cerca de 35,4 milhões de argentinos estão convocados às urnas para, além de eleger o presidente e o vice-presidente, renovar 130 dos 257 assentos na Câmara dos Deputados e 24 dos 72 no Senado, e para nomear 43 representantes argentinos no Parlamento do Mercosul (Parlasul, o órgão legislativo do bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A Câmara Nacional Eleitoral (CNE) informou que, até o meio-dia, 29,6% dos cidadãos convocados já tinham votado.