Gabriel Castella foi preso por assassinar o colega durante briga dentro do batalhão em São José do Rio Claro.
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Alexandre Mendes, afirmou nesta segunda-feira (23) que um inquérito foi instaurado para apurar as condições que culminaram no suicídio do sargento Gabriel Castella, dentro da 18º Companhia Independente da PM, em São José do Rio Claro (295 km de Cuiabá), enquanto estava preso.
Gabriel foi preso em flagrante após assassinar o colega de farda, o também sargento Willian Ferreira, durante uma discussão entre os dois no último sábado (21).
De acordo com o apurado pelo RepórterMT, Castella estava detido no local e pediu para pegar algum objeto em seu veículo, que estava na frente do batalhão. Os colegas permitiram que ele saísse, mesmo estando sob custódia.
Ele entrou no veículo, pegou uma arma de fogo, se despediu dos PMs que o escoltaram e realizou o disparo contra a própria cabeça, tirando a própria vida.
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Coronel Mendes explicou que as investigações devem apontar os responsáveis que contribuíram, por ação ou omissão, com o suicídio do sargento.
"Um Inquérito Policial passa a apurar as condições que culminaram no suicídio do Sgt Gabriel, sobretudo, em que circunstâncias e responsáveis contribuíram, por ação ou omissão, ao acesso de arma de fogo para alguém custodiado numa Unidade Policial", disse em nota.
"Nesse momento de luto, estamos dando todo o apoio pra curar as feridas que estão nos policiais militares que perderam 2 colegas de farda", finalizou.
Relembre o caso
A informação é que o desentendimento entre os dois policiais começou após uma troca de turno. Willian, supostamente, teria chegado ao batalhão embriagado e atrasado para assumir o plantão.
Revoltado com a situação, o sargento plantonista teria questionado o militar, dando início a uma discussão.
Durante o desentendimento, Gabriel acabou atirando no colega, que não resistiu ao ferimento. Com isso, ele recebeu voz de prisão em flagrante.