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Associação destaca situação grave da saúde mental dos militares

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar (ACS-MT) emitiu nota, nesta segunda-feira (23.

Por Comando da Notícia

24/10/2023 às 07:42:28 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar (ACS-MT) emitiu nota, nesta segunda-feira (23.10), lamentando as mortes dos sargentos Willian Ferreira e Gabriel Castella Cardoso ocorridas no sábado (21.10) e domingo (22.10), respectivamente. Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Laudicério Machado, não é um caso isolado. Ele fez um alerta sobre a saúde mental dos militares da segurança pública.

"Há tempos denunciamos a falta de atenção e valores junto à saúde mental dos militares, precariedade de condições de trabalho e fragilidade emocional com as quais os profissionais têm vivido. Nós, da associação, nos compadecemos da dor das famílias nesse momento e oferecemos o suporte necessário ao associado. Contudo, precisamos de providências por parte do poder público para que esse tipo de tragédia não ocorra mais", destacou Machado.

De acordo com o presidente, através da associação são oferecidos serviços de apoio mental necessário através de tratamento psicológico e apoio no direcionamento ao tratamento psiquiátrico. "Sabemos da importância deste trabalho, pois frequentemente somos solicitados para intervir em casos extremos de esgotamento mental do Policial Militar", relata Laudicério.

Willian Ferreira foi morto a tiros pelo seu colega de corporação Gabriel Castella Cardoso. O fato ocorreu na unidade policial de São José do Rio Claro, após desentendimento entre ambos. Após ser detido pelo fato ocorrido, Gabriel acabou tirando a própria vida na frente de vários colegas de profissão.

"A Polícia Militar está doente. Precisamos abrir discussões e criar ações concretas para tratar da saúde do profissional. Hoje duas famílias choram pelas suas perdas, e toda a polícia sente o impacto da tragédia. Não podemos parar, nem mesmo chorar o luto, porque precisamos continuar o trabalho senão a segurança entra em colapso. E o que me deixa mais triste é que os esforços acadêmicos desenvolvidos com tese de doutorado sobre a saúde do profissional da Segurança Pública acaba sendo motivo de risos de pessoas que não contribuem mas hostilizam os desempenhos e esforços de quem está tentando", concluiu Laudicerio Machado.

Fonte: PBN Online
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