Em uma operação conjunta realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul (DPCI) e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sete homens foram presos nesta terça-feira (14) sob acusação de apologia ao nazismo e associação criminosa.
Em uma operação conjunta realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul (DPCI) e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sete homens foram presos nesta terça-feira (14) sob acusação de apologia ao nazismo e associação criminosa. Os suspeitos, pertencentes a células ou grupos neonazistas com inclinações extremistas, separatistas e racistas, foram identificados em várias cidades, incluindo Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Fortaleza, Araçoiaba da Serra e Ribeirão Pires.
As investigações, iniciadas em maio de 2023 após uma denúncia anônima sobre a presença de grupos neonazistas e extremistas no Rio Grande do Sul, resultaram em duas fases anteriores da Operação Accelerare, que envolveram a prisão de suspeitos e a apreensão de dispositivos eletrônicos para extração de dados.
A análise dos materiais apreendidos, especialmente os dados extraídos de telefones celulares, possibilitou a identificação de várias células ou grupos neonazistas com características extremistas, separatistas e racistas, bem como de seus membros e lideranças.
Baseando-se nas informações e análises de dados, a DPCI solicitou a prisão preventiva de nove investigados, juntamente com mandados de busca e apreensão em 23 endereços no Rio Grande do Sul, Curitiba (PR), São Paulo (SP), Araçoiaba da Serra (SP), Ribeirão Pires (SP) e Fortaleza (CE).
Com a colaboração de peritos criminais do Instituto-Geral de Perícias (IGP), as extrações de dados dos dispositivos móveis foram realizadas nos próprios locais de cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
Durante as diligências na terceira fase da operação, foram apreendidos materiais de apologia ao nazismo e ao fascismo, celulares, equipamentos eletrônicos, armas brancas e simulacros de arma de fogo. O grupo divulgava mensagens de teor neonazista, antissemita e racista, buscando recrutar jovens através das redes sociais para a prática de crimes graves e bárbaros, como ataques a escolas e espaços públicos.
Além dos materiais confiscados, os suspeitos foram identificados como lideranças de células ou grupos neonazistas com articulações nacionais e conexões com os dois grupos extremistas mais ativos globalmente.
Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional, onde enfrentarão acusações de apologia ao nazismo e associação criminosa.