Geral verão extremamente quente

Previsão de verão extremamente quente no Brasil, com calor intenso até abril de 2024

A onda de calor dos últimos dias, que atinge as regiões Sudeste e Centro-Oeste do país com mais intensidade, não deve dar trégua para o brasileiro tão cedo.

Por Comando da Notícia

15/11/2023 às 23:12:34 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

Embora costumem ser abordados em contextos muito parecidos, aquecimento global e El Niño não são a mesma coisa. Além disso, só o El Niño não seria suficiente para explicar a atual situação climática do Brasil, avalia Rodrigues, da UnB.

Para ele, o fenômeno tem uma influência importante, mas a análise desses eventos extremos deve considerar, em primeiro lugar, o aquecimento global. O pesquisador alerta para o fato de que as projeções sobre ocorrências de fortes chuvas, calor extremo e secas severas deverão ficar mais frequentes e mais intensas. São episódios que podem desencadear desastres socioambientais e problemas de saúde.

“Já existe um conhecimento científico sólido sobre a capacidade que as mudanças climáticas possuem de produzir grandes perdas e danos para a sociedade e para as atividades produtivas. As populações vulneráveis se tornam muito potencialmente vítimas desse cenário”, observa.

De acordo com Ricardo de Camargo, não dá mais para duvidar que as mudanças climáticas estejam em curso. “É inegável que as temperaturas estão cada vez mais altas em todos os lugares do planeta de uma maneira quase geral. Não há mais espaço para negacionismo com relação a isso.”

O meteorologista e pesquisador da USP diz que, apenas por meio da análise do que é publicado pela imprensa, já é possível perceber que o mundo inteiro está enfrentando situações de episódios climáticos severos.

“As projeções indicam que os sistemas transientes [que nascem, se deslocam de uma região para outra e se dissipam] e os eventos extremos devem ficar mais frequentes, mais comuns, e vão atingir [as localidades] com maior severidade.”

Camargo, entretanto, faz uma ponderação: “É difícil atribuir um percentual de responsabilidade da mudança climática nessa onda de calor que estamos vivenciando agora”, avalia. Ele diz que é possível associá-la à mudança no regime de precipitação que é observada, “mas com algum cuidado”.

Políticas públicas

Para Saulo Rodrigues, os principais responsáveis pelo aquecimento global são os países desenvolvidos, que emitem maior quantidade de gases de efeito estufa. O papel do Brasil nessa questão, ele diz, é desafiador.

“Nós temos uma matriz energética com grande percentual de energia renovável, 90% composta de energia renovável. Poucos países do mundo têm essa capacidade de produzir energia com baixas emissões de carbono, e o Brasil tem esse ativo. O Brasil também tem a floresta amazônica e o cerrado, que retiram carbono da atmosfera. Isso é muito importante para o equilíbrio climático, então o Brasil é parte da solução. O principal problema brasileiro é a questão do desmatamento”, avalia.

O pesquisador da UnB cita a queda das taxas de desmatamento neste ano como um resultado positivo, mas alerta sobre a necessidade de o governo elaborar políticas públicas que visem aos efeitos de médio e longo prazo.

“Somos reconhecidamente um dos países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, porque [o Brasil] se localiza em uma faixa tropical onde as temperaturas normalmente já são mais elevadas. O aquecimento global tende a intensificar essas temperaturas”, finaliza.

Fonte: GAZETA BRASIL
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