As Forças de Defesa de Israel divulgaram imagens das câmeras de vigilância do Hospital Shifa, em Gaza, mostrando terroristas do Hamas levando dois cidadãos sequestrados – um do Nepal e outro da Tailândia – para o centro médico em 7 de outubro.
Nos vídeos, é possível ver um dos reféns gravemente feridos sendo transportado em uma maca de hospital, enquanto o segundo é arrastado à força para dentro do hospital. Tudo isso acontece em meio a pacientes, médicos e enfermeiros.
“Essas descobertas demonstram que a organização terrorista Hamas usou o Hospital Shifa no mesmo dia do massacre como uma infraestrutura terrorista”, denunciou o IDF em suas contas oficiais nas redes sociais.
As câmeras também registraram a presença constante de membros do Hamas em pontos estratégicos do hospital.
O Hospital Shifa é um complexo imenso situado na cidade de Gaza e que tem enfrentado um cerco por parte das forças israelenses há vários dias. As ações das IDF têm sido questionadas por organizações internacionais e parte da comunidade internacional. No entanto, essas revelações agora expõem as táticas do Hamas e sua sistemática utilização de infraestruturas civis para conduzir ações de conflito armado.
Túnel de 55 metros de largura
“As tropas das Forças de Defesa de Israel descobriram um túnel terrorista com 55 metros de comprimento e 10 metros de profundidade sob o complexo hospitalar de Shifa, que se estendia por baixo do hospital e terminava em uma porta blindada, de acordo com um comunicado do exército.
O porta-voz militar Daniel Hagari disse aos repórteres que a entrada foi exposta quando uma escavadeira militar derrubou a parede externa do complexo hospitalar e encontrou um poço fortificado com uma escada em espiral que descia 10 metros. “É enorme, tem escadas metálicas (em espiral), continua por 55 metros e chega a uma porta blindada”, disse, revelando que ainda não tinham tentado abrir a porta por medo de que houvesse uma armadilha explosiva.
As tropas também descobriram uma van Toyota branca contendo “RPGs, explosivos, granadas, AK47” dentro do complexo hospitalar e que, segundo Hagari, era “idêntica” às usadas pelos militantes do Hamas quando atacaram Israel em 7 de outubro.
Quando o exército entrou pela primeira vez em Al-Shifa, na quarta-feira, havia “cerca de 2.000 pessoas lá dentro”, disse Hagari, descrevendo o enorme complexo hospitalar que cobria oito hectares.
Israel bombardeou Gaza incessantemente por ar, terra e mar desde 7 de outubro, quando militantes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando outras 240.
O Exército também divulgou fotografias aéreas do hospital Shifa onde é vista a “infraestrutura terrorista encontrada pelo Hamas”, incluindo “explosivos nas salas de fisioterapia, uma sala de interrogatório na área de cardiologia, armas e inteligência no centro de ressonância magnética e um poço de túnel que estava localizado próximo ao prédio do hospital do Catar”, explica.
“Os resultados demonstram claramente que o Hamas utiliza numerosos edifícios do complexo hospitalar como cobertura para infraestruturas e atividades terroristas. “Esta é mais uma prova da forma cínica como o Hamas utiliza os residentes da Faixa de Gaza como escudos humanos para suas atividades terroristas assassinas”, sublinhou um porta-voz militar.
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