Está marcada para esta quinta-feira, dia 7 de dezembro, uma manifestação pública "Não Vamos nos Omitir" de repúdio à decisão da Justiça estadual que concedeu prisão domiciliar ao assassino no caso do feminicídio de Thays Machado, que era servidora do Poder Judiciário, e do homicídio do namorado dela, Willian César Moreno.
Está marcada para esta quinta-feira, dia 7 de dezembro, uma manifestação pública "Não Vamos nos Omitir" de repúdio à decisão da Justiça estadual que concedeu prisão domiciliar ao assassino no caso do feminicídio de Thays Machado, que era servidora do Poder Judiciário, e do homicídio do namorado dela, Willian César Moreno. O casal foi assassinado a tiros pelo ex-namorado de Thays, Carlos Alberto Gomes Bezerra, que é filho do ex-deputado estadual e ex-governador Carlos Bezerra.
O ato está previsto para começar às 16 horas, em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em Cuiabá. A mobilização é para protestar contra a decisão da Segunda Câmara Criminal do TJMT, que concedeu ao assassino confesso o direito de aguardar o julgamento em casa. A defesa de Carlos Alberto Bezerra alegou que o réu precisa passar por tratamento de saúde e que as unidades prisionais de Mato Grosso não teriam condições de oferecer esse tratamento. Além disso, a Justiça alegou que não há comprovação da "sua acentuada periculosidade, ou indícios de que, em liberdade, voltará a praticar outros atos delituosos".
O Ministério Público de Mato Grosso se manifestou contra o privilégio concedido ao feminicida. Conforme noticiou o PNB Online, por meio do Núcleo de Apoio para Recursos aos Tribunais Superiores (NARE), o MPMT entrou com embargos de declaração no Tribunal de Justiça para esclarecer alguns pontos do acórdão que autorizou o réu Carlos Alberto Gomes Bezerra a cumprir prisão domiciliar.
Carlos Alberto foi preso em flagrante, após fugir do local do crime, e denunciado pelo Ministério Público no final de janeiro deste ano por feminicídio contra Thays Machado e homicídio qualificado contra Willian Cesar Moreno. A intenção do MPMT é que o feminicida retorne para o presídio.