Por falta de acordo com Energisa, trabalhadores cruzam os braços e paralisam serviços em MT
Eles exigem aumento salarial e do auxílio alimentação, melhorias nas condições de trabalho e se queixam de criação de banco de horas.
Por Comando da Notícia 05/12/2023 às 15:11:16 - Atualizado há
Trabalhadores da Energisa em Cuiabá e outras cidades de Mato Grosso decidiram cruzar os braços e entraram em greve por tempo indeterminado, na manhã desta terça-feira (05). Eles exigem aumento salarial e do auxílio alimentação, melhorias nas condições de trabalho e se queixam de criação de banco de horas.
O fato acontece após a concessionária não atender as reivindicações apresentadas do Sindicato dos Urbanitários do Estado de Mato Grosso (STIU-MT), na reunião ocorrida no dia 14 de setembro.
De acordo com os sindicalistas, seis reuniões já foram realizadas com a Energisa e uma nova está agendada para acontecer nesta terça. Contudo, além de não atenderem as exigências dos trabalhadores, a empresa ainda reduz os salários dos trabalhadores.
"Mesmo obtendo um lucro líquido de R$ 707,8 milhões no período de janeiro a setembro de 2023, que somados ao lucro líquido obtido a partir de 2014 totalizam R$ 5,00610 bilhões", diz trecho da carta.
Os trabalhadores alegam que o valor do vale alimentação fornecido pela empresa, de R$ 32, não é suficiente. Eles ainda reclamam da má qualidade das frotas de veículos disponibilizadas, alegando que, em alguns momentos, tiveram que arcar sozinhos do próprio bolso com conserto e lavagem dos carros.
Alguns leituristas reclamam de insalubridade por conta do calor e chuva e exigem o aumento do número de funcionários e equipamentos, dentre outras pontuações.
A Concessionária, por sua vez, disse que apresentou uma proposta para aumento de salário com correção de 100% do INPC da data-base retroativa e que ampliou e reformou 57 bases apenas este ano. E garantiu que cerca de 420 novos profissionais serão contratados até 2024, além de reforçar que a empresa está aberta com o sindicato para "novos diálogos".
A Energisa, em nota, disse ainda que respeita o direito a livre manifestação dos colaboradores e que está em discussão para chegar a um consenso na negociação coletiva deste ano, inclusive com uma nova reunião marcada para tarde desta terça-feira.
"O atendimento prestado pela concessionária é normal neste momento. No entanto, a companhia segue monitorando o movimento para garantir a realização dos serviços a nossa comunidade", narra trecho de nota.