O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou em Dubai, durante a COP 28, o empenho da legislatura na aprovação de projetos da chamada "pauta verde".
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou em Dubai, durante a COP 28, o empenho da legislatura na aprovação de projetos da chamada "pauta verde". Esses projetos incluem temas ligados à responsabilidade socioambiental, à transição energética e ao desenvolvimento sustentável.
Lira destacou a aprovação de duas propostas na semana passada pelo Plenário da Câmara: o PL 2308/23, que cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, e o PL 11247/18, que disciplina o aproveitamento do potencial energético offshore.
O chamado hidrogênio verde pode ser usado como insumo das indústrias de fertilizantes, cimento e petroquímica, além de combustível para veículos como navios e aviões, em substituição a combustíveis fósseis. A proposta cria um marco legal para a produção e uso do hidrogênio de baixa emissão de carbono, considerado "o combustível do futuro", estratégico para os esforços de redução das emissões de gases do aquecimento global.
"Destaco que o empenho para a aprovação dessas matérias contemplou requisitos de promoção da indústria nacional a serem cumpridos quando das licitações de oferta planejada de áreas para exploração de energia em alto-mar", disse Lira.
O presidente também afirmou que há outras propostas em vias de aprovação, como a que busca regulamentar o mercado de créditos de carbono, a que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética e a que ratifica práticas sustentáveis para a produção e destinação do lítio.
Lira ressaltou que a legislação ambiental brasileira é uma das mais avançadas do mundo, com exigências de preservação que variam de 20% a 80% de reservas florestais em terras privadas. Segundo ele, 66% da vegetação nativa do Brasil estão preservadas. Na Amazônia, esse percentual ultrapassa 80%. O presidente apontou que 50% da oferta energética interna brasileira vem de fontes limpas e renováveis e que a média dos mais ricos do mundo é pouco mais de 11%.
"Para nós, a produção e o uso de biocombustíveis não são promessas. São realidade. O etanol e o biodiesel estão entranhados no nosso sistema de transporte com grande êxito. E estamos nos preparando para avançar ainda mais", disse.
Lira disse esperar concluir em breve a reforma tributária e destacou que no texto da proposta foram inseridos diversos incentivos a ações de proteção do meio ambiente. De acordo com o presidente, o objetivo é aumentar a competitividade internacional da produção brasileira "em sintonia com os atuais preceitos de responsabilidade socioambiental".