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CRIME BRUTAL

Após matar professora no Nordeste, feminicida vivia em MT como pastor

O foragido também trabalhava como pedreiro e ainda atuava numa horta


Polícia Militar de Campo Novo do Parecis (400 km de Cuiabá) prendeu o feminicida Ricardo dos Santos, no último sábado (2). Ele estava foragido há cinco anos após assassinar brutalmente a companheira, a professora Cenira Angélica Ventura da Silva, de 39 anos, com 20 facadas. O crime foi praticado em março de 2018, no município de Viçosa, no estado de Alagoas.

De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares de Campo Novo do Parecis receberam informações sobre o paradeiro de Ricardo e cumpriram o mandado de prisão por volta das 17 horas, na casa dele, localizada no bairro Jardim Olenka, no município.

Ele estava foragido desde a data do crime e foi encontrado no município mato-grossense, onde trabalhava numa horta e também atuava como pedreiro e pastor de uma igreja evangélica.

O crime

No dia 2 de março de 2018, a professora de matemática, Cenira Angélica Ventura da Silva foi agredida por Ricardo na residência do casal, me Viçosa (AL). Ela tentou fugir, mas foi cruelmente assassinada pelo então companheiro Ricardo dos Santos com golpes de faca tipo peixeira no meio da rua. A vítima morreu ainda no local. O crime brutal gerou revolta na população alagoana que clamava por Justiça através de protestos realizados na cidade onde o crime aconteceu.

À época, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Alagoas (Sinteal) se manifestou por meio de nota e repudiou o assassinato cometido contra a professora, que teria sido motivado por ciúmes. A entidade classista classificou o feminicida como um covarde, que fugiu logo após o crime.

"O Sinteal repudia veementemente mais um covarde assassinato cometido contra mulheres, onde o agressor tenta se proteger no vulgar argumento do "sentimento de ciúmes" para, como se fosse possível, "justificar" a perpetração de crimes dessa natureza, postura máxima de cinismo de uma sociedade que se mantém autoritária e machista, e que alimenta e reproduz, cada vez mais, a violência contra todas as mulheres. O covarde e brutal assassinato da companheira professora Cenira atinge a sociedade alagoana e brasileira em pleno mês de março, mês de lutas das mulheres em todo o mundo, mês do Dia Internacional da Mulher".

FOLHA MAX

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