Os países do G7 condenaram nesta terça-feira (19) o último lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) pela Coreia do Norte e exigiram ao regime de Kim Jong-un que desmantele seu programa nuclear.
Os países do G7 condenaram nesta terça-feira (19) o último lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) pela Coreia do Norte e exigiram ao regime de Kim Jong-un que desmantele seu programa nuclear.
Os ministros das Relações Exteriores de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia (UE) reagiram assim ao lançamento de ontem, do quinto ICBM de Pyongyang em 2023.
“Reiteramos nosso chamado à desnuclearização completa da Península Coreana e exigimos que a Coreia do Norte abandone seus programas e armas nucleares”, afirmaram.
Os membros do G7 consideram necessária uma “resposta internacional, rápida, unida e sólida”, especialmente por parte do Conselho de Segurança da ONU, ante as “repetidas ações imprudentes da Coreia do Norte”.
Expressaram, ainda, sua profunda preocupação com “a possibilidade de qualquer transferência de tecnologia nuclear relacionada com os mísseis balísticos à Coreia do Norte” e reiteraram sua “enérgica condenação” à transferência de armas norte-coreanas à Rússia.
O G7 pediu ainda ao regime norte-coreano que faça diplomacia e acate “as repetidas ofertas de diálogo” por parte de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.
“Deploramos a decisão da Coreia do Norte de priorizar seus programas ilegais de armas de destruição em massa e mísseis balísticos por cima do bem-estar do povo da Coreia do Norte”, acrescentou o foro político.
O regime da Coreia do Norte garantiu nesta terça-feira que o que foi lançado ontem foi um míssil balístico intercontinental Hwasong-18 de combustível sólido e disse que o ditador Kim Jong-un “observou o lançamento no local” para “enviar um aviso” a Washington e seus aliados.
Kim Jong-un ameaçou realizar “as ações mais ofensivas” para repelir o que disse serem crescentes ameaças militares lideradas pelos Estados Unidos, depois de supervisionar a terceira prova do míssil mais avançado de seu país, projetado para atingir o território continental dos Estados Unidos, relataram meios estatais na terça-feira.
A declaração de Kim deixa entrever que ele confia em seu crescente arsenal de mísseis e que provavelmente continuará testando armas antes das eleições presidenciais do próximo ano nos Estados Unidos. No entanto, muitos observadores dizem que a Coreia do Norte ainda precisa realizar testes mais significativos para demonstrar que tem mísseis funcionais apontados para o território continental dos Estados Unidos.
Após o fracasso das negociações sobre desnuclearização com os Estados Unidos em 2019, a Coreia do Norte aprovou um plano de modernização armamentista (que inclui o lançamento de satélites militares e testes de inúmeros mísseis), além de rejeitar o reinicio do diálogo e buscar um maior aproximação com a China e a Rússia.
Ao mesmo tempo, a Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos reforçaram sua cooperação em matéria de segurança e Washington aumentou o desdobramento periódico de ativos estratégicos na península.
Após observar o lançamento do ICBM Hwasong-18 na segunda-feira, Kim disse que a prova mostrou como a Coreia do Norte poderia responder se “os inimigos” continuarem “com as opções erradas”, segundo a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).