O padre italiano Ramon Guidetti foi excomungado depois de chamar o Papa Francisco de "usurpador anti-papa" durante a sua homilia de Ano Novo.
O padre italiano Ramon Guidetti foi excomungado depois de chamar o Papa Francisco de "usurpador anti-papa" durante a sua homilia de Ano Novo. Na ocasião, ele participava de uma congregação na igreja de São Ranieri em Guasticce, uma aldeia na província toscana de Livorno.
Seu discurso foi uma homenagem que marcou o primeiro aniversário da morte do antecessor de Francisco, Bento XVI.
Em vídeo da homilia, que durou mais de 20 minutos e foi compartilhado online, Guidetti se refere ao pontífice simplesmente como "Sr. Bergoglio", antes de o descrever como "um maçom jesuíta ligado a potências mundiais, um usurpador antipapa".
Guidetti prosseguiu no vídeo dizendo que Papa Francisco tinha um "olhar cadavérico, para o nada", ao contrário do "bom Bento".
Em documento assinado pelo chanceler da diocese diz que Guidetti "cometeu publicamente um ato de natureza cismática, recusando a submissão a Sumo Pontífice e a comunhão com os membros da Igreja que lhe estão sujeitos".
O padre foi suspenso 'a divinis', afastado do cargo de pároco e não poderá mais celebrar.
"Estou calmo", disse Guidetti à Rádio Domina Nostra. "Mas surpreso com a velocidade com que a guilhotina desceu. Vou emoldurar o decreto e pendurá-lo na parede – será algo de que me orgulharei".
"Há um pouco de amargura no coração, por causa desta cegueira e desta dureza por parte daquela que deveria ser mãe, a Igreja. Ela deveria ser maternal e na realidade é uma tirana", completou.