Um representante do sindicato FNME-CGT disse na segunda-feira (17) à Reuters que as greves estão afetando o trabalho em 10 usinas nucleares francesas, com mais atrasos na manutenção de 13 reatores e a produção de energia francesa reduzida em um total de 2,2 gigawatts.
Nos transportes públicos, são esperadas grandes perturbações no tráfego local, nomeadamente no Eurostar, comboios e comboios suburbanos, bem como no metro de Paris.
Os sindicatos dos trabalhadores do serviço público também pediram para aderir à greve de terça, com possíveis interrupções em escolas e outras instalações públicas.
As greves estão acontecendo em um contexto político tenso, já que o governo francês deve aprovar a lei orçamentária de 2023 usando poderes constitucionais especiais que permitiriam contornar uma votação no parlamento, disse a primeira-ministra Elisabeth Borne no domingo.
As manifestações estão programadas em todo o país. A de Paris está marcada para começar às 9 horas (horário de Brasília).
Milhares de pessoas saíram às ruas de Paris neste domingo para protestar contra a alta dos preços. O líder do partido de extrema esquerda La France Insoumise (France Unbowed), Jean-Luc Melenchon, marchou ao lado da vencedora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, Annie Ernaux. Melenchon convocou uma greve geral para terça-feira
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