No sábado (13), a Polícia Civil efetuou a prisão de duas pessoas, dois homens, sob a acusação de tortura e cárcere privado envolvendo 51 pacientes de uma clínica de reabilitação particular em Tramandaí, Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
No sábado (13), a Polícia Civil efetuou a prisão de duas pessoas, dois homens, sob a acusação de tortura e cárcere privado envolvendo 51 pacientes de uma clínica de reabilitação particular em Tramandaí, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Os indivíduos detidos e o nome da clínica, conhecida como Centro de Acolhimento Litoral Norte, localizada na Avenida Rubem Berta, Centro, não foram revelados.
De acordo com a TV Globo, a Brigada Militar (BM) foi acionada para intervir em um protesto em frente à clínica, após funcionários do estabelecimento solicitarem auxílio. Manifestantes eram familiares de um ex-paciente, que, supostamente, falecera no local em setembro de 2023 devido a intoxicação medicamentosa.
Duas monitoras da clínica permitiram a entrada dos policiais. Em um dos cômodos, foram encontrados 51 pacientes, todos em silêncio, porém indicando sinais de necessidade de socorro. Todos apresentavam ferimentos, sendo que um deles tinha lesões graves no rosto.
Durante o contato com a polícia, três pacientes relataram que eram mantidos em cativeiro pelos monitores, com a colaboração de outras duas pessoas. Sofriam agressões para evitar denúncias sobre as condições do local. Dessa maneira, ficavam impossibilitados de deixar o lugar, enquanto a clínica continuava recebendo pagamentos dos familiares dos internados.
Os pacientes descreveram períodos prolongados de confinamento em quartos, sufocamento por meio de golpes mata-leão até desmaios, espancamentos e coação para consumir medicamentos. Além disso, eram privados de alimentação, impedidos de utilizar o banheiro, tomar banho e de entrar em contato com suas famílias. De acordo com os relatos, seus familiares também eram impedidos de contatá-los.