Marcelo Ochoa de Freitas preso por matar a ex-esposa Francisca Alves do Nascimento, de 35 anos, a facadas em via pública, no município de Lucas do Rio Verde, afirmou, em interrogatório, que o crime não foi premeditado e que a vítima só morreu por ter ido até ele.
Francisca tinha um relacionamento há quatro anos com Marcelo que, segundo a delegada da Polícia Civil, Ana Terra, que está a frente do caso, era marcado por idas e vindas onde o criminoso a agredia, sendo que a vítima havia registrado dois boletins de ocorrência em março de 2022 e dezembro de 2023.
De acordo com a delegada, no dia do crime, a vítima estava em casa e o criminoso na rodoviária de Lucas do Rio Verde, quando uma das filhas da vítima foi de encontro a Marcelo para se despedir dele, pois o via como um tio, decidiu encaminhar a sua mãe uma foto junto como criminoso e dizendo que queria que os dois reatassem.
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"Quando a vítima se desloca até a rodoviária, ele [Marcelo] a chama para uma conversa um pouco mais afastada, atrás do muro que aparece nas imagens. Na ocasião ele a chama para um canto, chega a dar um abraço e a partir disso inicia a execução criminosa", afirmou Ana Terra.
Ana disse que Marcelo não demonstrou arrependimento e que ele afirmou não ter adquirido a faca especificamente para a prática do crime, mas que a comprou pouco antes do ato. Outra afirmação do feminicida foi de que o crime não teria ocorrido se ela não tivesse ido ao local. "Demonstrando mais uma vez aquela questão no intuito do agressor de culpabilizar a vítima, que é uma característica do ciclo de violência doméstica", relatou.
A delegada destacou também o fato de que pessoas que passavam pelo local não prestaram socorro durante a prática do crime, apenas quando a vítima conseguiu se desvencilhar do criminoso, momento em que testemunhas seguraram Marcelo até a chegada da Polícia Militar.
Marcelo foi preso em flagrante na segunda-feira e foi interrogado na manhã desta terça-feira (16). Em breve ele passará por audiência de custódia.
MIDIA JUR