No centro da operação que teve como alvo o deputado federal Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara dos Deputados, o homem apontado como peça-chave, Carlos Victor de Carvalho, conhecido como "CVC", não estava na capital federal em 8 de janeiro de 2023. A informação, divulgada inicialmente pela coluna de Paulo Cappelli do Metrópoles, foi confirmada pelo próprio parlamentar em um vídeo nas redes sociais.
Segundo documentos apresentados pela defesa de Carlos Victor, ele encontrava-se em Campos dos Goytacazes, município no interior do Rio de Janeiro, na mencionada data. No dia em questão, registros do GPS de seu celular indicam que o ativista circulou pelo Parque do Prado, nas proximidades de uma escola e em um supermercado.
No dia seguinte, ele permaneceu em Campos. A defesa de Victor de Carvalho também incluiu no processo imagens do circuito interno de uma loja de açaí para comprovar que ele não deixou o Rio de Janeiro durante os eventos.
"O delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito ignorou todas essas provas em seu relatório. Provas essas que foram entregues ao juiz e resultaram na revogação da prisão de CVC [quando ele foi preso por supostamente ter participado dos atos de 8 de janeiro]", declarou Jordy.
"Somente nas ditaduras é que os líderes da oposição são perseguidos. Mas na democracia relativa de Lula, tudo é possível. Aliás, a democracia está inabalada. Apenas não discorde, não faça críticas, não contrarie os meios ilegais que estão sendo utilizados", disse o deputado.
Urgente! Descoberta prova FALSA no processo que levou à busca e apreensão na casa do líder da oposição. pic.twitter.com/9fexGrRB6n
— Carlos Jordy (@carlosjordy) January 23, 2024
No inquérito conduzido pela Polícia Federal, os agentes afirmaram que há registros indicando a presença de CVC em Brasília no dia dos atos de 8 de janeiro, sugerindo sua participação em eventos contrários ao Estado de Direito.
GAZETA BRASIL