No Brasil, entre janeiro à novembro de 2023, foram diagnosticados mais de 19 mil novos casos da doença, número superior ao registrado no mesmo período de 2022.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde apontou que, entre janeiro e novembro de 2023, Mato Grosso lidera o ranking com a maior taxa de detecção da hanseníase no país, com 3.927 casos registrados. Em seguida, está o Maranhão, com 2.086 casos detectados no período citado.
A hanseníase é uma doença transmissível caracterizada pela alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e atinge, principalmente, a pele, mucosas e nervos periféricos.
No Brasil, também entre janeiro e novembro do ano passado, foram diagnosticados mais de 19 mil novos casos da doença, número superior ao registrado no mesmo período de 2022.
Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, Mato Grosso faz parte dos chamados clusters, isto é, uma área com maior risco e onde se encontra a maioria dos casos.
Ainda de acordo com o levantamento, o primeiro cluster foi detectado entre 2017 e 2020, sendo composto de 41 municípios, todos localizados em Mato Grosso, e constituiu a área de maior risco para contrair a hanseníase.
O terceiro cluster apresentou o segundo maior risco para hanseníase entre os anos 2016 e 2019, sendo composto por 70 municípios localizados no extremo sul do Pará, Nordeste de Mato Grosso, Centro-Sul de Tocantins e norte de Goiás.
Em 2023, o Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac) realizou cerca de 4.320 atendimentos voltados ao diagnóstico e tratamento da hanseníase no estado.
De acordo com a diretora do Cermac, Jocineide Santos, inicialmente, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da doença.
No entanto, os pacientes com quadro mais avançado, sequelas graves, intolerância aos medicamentos, reações, deformidades e outras situações graves que necessitem de um acompanhamento com especialista devem procurar pelo Centro.