Neste domingo (4), a Justiça da Bahia acatou o pedido da Polícia Civil para impor medidas cautelares à mulher envolvida no ataque a uma comerciante judia em Arraial d’Ajuda, ocorrido na última sexta-feira (2).
Neste domingo (4), a Justiça da Bahia acatou o pedido da Polícia Civil para impor medidas cautelares à mulher envolvida no ataque a uma comerciante judia em Arraial d’Ajuda, ocorrido na última sexta-feira (2). Ana Maria Leiva Blanco, a suspeita do ataque antissemita contra Herta Breslauer, de 54 anos, teve sua liberdade condicionada enquanto o caso está sob investigação.
O episódio, registrado em vídeo e amplamente compartilhado nas redes sociais, mostra Blanco agredindo verbalmente a lojista judia, proferindo insultos antissemitas e ameaças. Apesar do flagrante ocorrido na última sexta-feira, a suspeita foi liberada após prestar depoimento, uma vez que não houve prisão em flagrante, conforme explicou o delegado Paulo Henrique de Oliveira.
A cidade de Arraial d’Ajuda, situada em Porto Seguro, um importante destino turístico do estado, presenciou o ataque que resultou na confissão de xingamentos por parte da investigada. A Polícia Civil solicitou à Justiça medidas cautelares, incluindo a proibição de contato com a vítima, a impossibilidade de deixar o país durante o processo e a restrição de acesso ao estabelecimento comercial da vítima.
Em nota, a Polícia Civil da Bahia informou que, durante o interrogatório, Blanco admitiu os xingamentos, mas negou ser antissemita ou terrorista. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, repudiou veementemente o ataque, destacando a inaceitabilidade de comportamentos antissemitas, especialmente em um país conhecido por sua diversidade cultural e tolerância.