A Gol Linhas Aéreas obteve uma vitória parcial em sua batalha contra a Latam Airlines no Tribunal de Justiça dos Estados Unidos. Na segunda-feira (12), o juiz Martin Glenn aceitou investigar as alegações da Gol de que a Latam estaria se aproveitando da recuperação judicial da empresa para tentar adquirir sua frota, contratar seus pilotos e sabotar seus negócios.
A Gol argumenta que a Latam, sua principal concorrente no Brasil, vem realizando uma série de ações “predatórias” para prejudicar a empresa em recuperação judicial. Entre as acusações, estão:
- Tentativa de adquirir parte da frota da Gol: A Gol alega que a Latam estaria em contato com arrendadores e fornecedores de aeronaves para adquirir aviões que a Gol está devolvendo como parte de seu plano de reestruturação.
- Contratação de pilotos da Gol: A Latam teria iniciado uma campanha para contratar pilotos da Gol, oferecendo salários e benefícios mais atrativos.
- Desestímulo a agentes de viagens: A Gol afirma que a Latam estaria pressionando agentes de viagens a não venderem seus voos, direcionando os clientes para a Latam.
Em uma audiência na segunda-feira, o advogado da Gol, Andrew Leblanc, acusou a Latam de “atacar” a empresa em um momento de fragilidade. “A Latam está tentando tirar vantagem da situação da Gol para se fortalecer no mercado”, disse Leblanc.
O juiz Glenn considerou as alegações da Gol “graves” e “preocupantes”. Ele ordenou que a Latam forneça à Gol documentos e disponibilize três executivos para entrevistas com os advogados da Gol. Glenn também agendou uma nova audiência para o dia 27 de fevereiro para discutir o andamento da investigação.
A Latam negou as acusações da Gol e disse que está em contato com as partes interessadas em matéria de frota como parte de seu negócio. “A companhia está ativa no mercado há vários meses com o objetivo de garantir a capacidade necessária para atender às necessidades contínuas e de longo prazo no contexto dos desafios globais da cadeia de suprimentos e da falta de aeronaves/motores”, disse a Latam em nota.
*Com informações da Reuters
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