Nesta terça-feira (27), o Tribunal Distrital de Nagoya, no Japão, condenou Edgard Anthony la Rosa à prisão perpétua pelo assassinato das irmãs brasileiras Michelle Maruyama, de 29 anos, e Akemy Maruyama, 27, em 2015.
Nesta terça-feira (27), o Tribunal Distrital de Nagoya, no Japão, condenou Edgard Anthony la Rosa à prisão perpétua pelo assassinato das irmãs brasileiras Michelle Maruyama, de 29 anos, e Akemy Maruyama, 27, em 2015.
Após uma espera de nove anos desde o crime ocorrido na província de Aichi, região central do Japão, o tribunal determinou a pena máxima para Edgard Anthony la Rosa, ex-marido de Akemy e cunhado de Michelle. A sentença foi proferida depois que os médicos legistas descartaram o incêndio no apartamento das irmãs como a causa de suas mortes.
As irmãs foram encontradas mortas em 30 de dezembro de 2015, no apartamento onde moravam na província de Aichi, região central do Japão. Seus corpos foram carbonizados em um incêndio que destruiu o local, mas exames revelaram que elas foram estranguladas um dia antes do fogo.
Edgard, ex-marido de Akemy e cunhado de Michelle, foi preso no mesmo dia a 40 km de Handa, em Nagoya. Ele estava com as duas filhas que teve com Akemy.
O julgamento de Edgard ocorreu em fevereiro de 2024, nove anos após o crime. O Ministério Público do Japão pediu prisão perpétua, justificada pela gravidade do caso. Edgard alegou inocência e atribuiu o crime a outra pessoa.
Segundo relatos do advogado Ricardo Takeshi Koda à TV Morena, Edgard Anthony la Rosa compareceu à leitura da sentença, permanecendo em silêncio diante do veredicto que selou seu destino. As irmãs foram encontradas mortas em seu apartamento, em circunstâncias chocantes, após um incêndio que, segundo os médicos legistas, não foi a causa de suas mortes.
Maria Aparecida Maruyama, mãe das vítimas, viajou ao Japão para o julgamento. Ela descreveu o momento como “muito triste” e disse que, apesar da pena, nada trará suas filhas de volta.
As duas filhas de Edgard e Akemy, que na época do crime tinham 5 e 3 anos, ficaram sob a proteção do governo japonês em um abrigo. Após anos de espera, em 2018, a avó materna conseguiu a guarda das netas, que hoje vivem no Brasil com 12 e 14 anos.