Durante a Operação Follow The Money, realizada nesta quarta-feira (6) pela Polícia Federal do Paraná, foi descoberta uma quantia de 3 milhões de dólares escondida em uma parede falsa dentro de um imóvel.
Durante a Operação Follow The Money, realizada nesta quarta-feira (6) pela Polícia Federal do Paraná, foi descoberta uma quantia de 3 milhões de dólares escondida em uma parede falsa dentro de um imóvel. A investigação, que tem como alvo um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, revelou que o grupo em questão movimentou mais de R$2 bilhões nos últimos anos. A informação foi relatada pelo jornal O Globo neste sábado (9).
Dois homens foram presos durante a operação, um em Curitiba e outro em Balneário Camboriú (SC). Ambos são suspeitos de liderar um grupo ligado ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro, embora seus nomes não tenham sido revelados. Um dos presos é um empresário do ramo de transportes, construção civil e aluguel de máquinas pesadas, do Paraná.
As notas encontradas na parede falsa estavam embaladas em plástico e foram encaminhadas para a Caixa Econômica Federal de Curitiba para contagem oficial. A casa onde o dinheiro foi encontrado fica em Curitiba, uma das cidades onde a operação foi cumprida. No entanto, a Polícia Federal ainda não forneceu mais detalhes sobre a quantia apreendida.
De acordo com a investigação, o dinheiro movimentado pelo grupo é oriundo do tráfico de drogas. O líder da organização criminosa, segundo informações da PF, já foi preso por tráfico internacional de drogas e estava usando documentos falsos para não chamar a atenção das autoridades.
A lavagem de dinheiro era feita com a participação de dezenas de pessoas e empresas laranjas. Veículos de luxo eram adquiridos em nome de pessoas sem renda suficiente, enquanto imóveis eram comprados por empresas fictícias. O grupo contava com a ajuda de um contador para ocultar a origem ilícita do dinheiro. A investigação identificou quase 500 contas bancárias que movimentaram mais de R$2 bilhões nos últimos anos.
Empresas laranjas declaravam faturamento à Receita Federal, mas na verdade não realizavam nenhum serviço ou venda de mercadorias. Por exemplo, uma empresa gastou mais de R$8 milhões na aquisição de tratores e máquinas pesadas, mas não há registros de obras ou serviços prestados.
Como resultado da operação, mais de uma centena de bens dos investigados foram bloqueados judicialmente, incluindo contas bancárias, imóveis, veículos de luxo e maquinários agrícolas. Em algumas bolsas encontradas dentro de carros importados, foram localizados mais de R$ 100 mil em espécie. A contagem de todos os valores ainda está em andamento.