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Líderes europeus saem em defesa de Zelensky após bate-boca Casa Branca

A reunião entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca nesta sexta-feira (28), gerou reações imediatas tanto de líderes europeus quanto russos.

Por Comando da Notícia

28/02/2025 às 20:13:40 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo

A reunião entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca nesta sexta-feira (28), gerou reações imediatas tanto de líderes europeus quanto russos. O encontro, transmitido ao vivo no Salão Oval, expôs divergências sobre as negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, que começou em 2022 com a invasão russa.

Diante de jornalistas, Trump pressionou Zelensky a aceitar um acordo de paz, enquanto o líder ucraniano questionou a confiabilidade de Vladimir Putin, o presidente russo, a quem chamou de "assassino". A situação esquentou quando o vice-presidente americano, J.D. Vance, interveio, dizendo: "Senhor presidente, com todo o respeito. Acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana". Trump, por sua vez, aumentou o tom: "Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, um país que te apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria".

Zelensky respondeu com firmeza: "Não faça concessões a um assassino". Trump contra-argumentou: "Seu povo é muito corajoso, mas ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos". Após o encontro, Trump usou sua rede social, TruthSocial, para afirmar que Zelensky só será bem-vindo novamente quando estiver "pronto para a paz".

O confronto gerou reações significativas na Europa. O presidente francês, Emmanuel Macron, ligou para Zelensky após o incidente e declarou que "é preciso respeitar quem está na luta desde o início", uma crítica implícita a Trump, que assumiu as negociações de paz apenas neste ano, após retornar ao governo dos EUA. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também se manifestou nas redes sociais, afirmando que "Zelensky precisa ser forte e corajoso" e que "o presidente ucraniano nunca estará sozinho".

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, reiterou que "a Ucrânia pode contar com o povo alemão e a Europa". Por sua vez, Friedrich Merz, líder do partido vitorioso nas recentes eleições alemãs, afirmou: "Não é possível confundir o agressor e a vítima". O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também reforçou o apoio de seu país à Ucrânia.

Na Ucrânia, o primeiro-ministro Denys Shmyhal apoiou Zelensky em uma rede social, afirmando: "Paz sem garantias não é possível". Por outro lado, a Rússia reagiu com duras críticas. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, chamou Zelensky de "grande mentiroso" e disse que "foi um milagre" Trump e Vance não terem agredido fisicamente o líder ucraniano. Dmitri Medvedev, ex-presidente da Rússia, afirmou que Zelensky "levou um tapa na cara".

O encontro também destacou a mudança na postura dos EUA sob a liderança de Trump, que tem se aproximado de Putin e busca um acordo para encerrar o conflito sem a participação ativa da Ucrânia. Isso contrasta com o apoio dado à Ucrânia durante o governo de Joe Biden. Após 45 minutos de discussões intensas, o impasse entre os dois líderes deixou incerto o futuro das negociações para o fim do conflito.

Fonte: GAZETA BRASIL
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