O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, convocou uma coletiva de imprensa para trazer atualizações sobre o caso Marielle Franco. A vereadora do PSOL e seu motorista, Anderson Gomes, foram brutalmente assassinados em 14 de março de 2018. A fala à imprensa está marcada para às 18h30, nesta terça-feira (19).
Um ato simbólico, organizado pela viúva de Marielle Franco, a vereadora Monica Benicio, ocorreu na última quinta-feira (14) para marcar os seis anos do crime. Faixas foram estendidas na fachada do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, exigindo respostas das autoridades sobre os mandantes do assassinato.
O processo de investigação tem sido destaque nos noticiários, com a Polícia Civil tendo cerca de cinco delegados responsáveis pelo caso na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. No Ministério Público Estadual, pelo menos três equipes diferentes trabalharam no caso ao longo desses anos. Uma nova delação envolveu o nome de um parlamentar como possível mandante, e o processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, devido ao direito a foro privilegiado.
Até o momento, a investigação apontou Ronnie Lessa, um ex-PM com histórico no Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro, o Bope, como autor dos disparos. Ele é considerado um exímio atirador e tem ligações com integrantes do Escritório do Crime, um grupo de assassinos de aluguel formado por milicianos atuantes no Rio.
Outro acusado é o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, responsável por dirigir o veículo usado no atentado. Em 2023, Élcio fechou um acordo de delação premiada e admitiu sua participação no crime, corroborando a autoria dos disparos por Ronnie Lessa.
No final de dezembro de 2023, Ronnie Lessa também fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, assumindo a responsabilidade pelo assassinato de Marielle e Anderson.
Ambos, Ronnie e Élcio, encontram-se detidos no sistema penitenciário federal, aguardando julgamento por júri popular, cuja data ainda não foi marcada.
GAZETA BRASIL