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Bom para dieta: pesquisa do IFMT revela que peixes de água doce tem grande concentração de Ômega 3

Entre as espécies, as que mais se destacam são as pacu-pevas, que são nativas da região mato-grossense.

Por Comando da Notícia

20/03/2024 às 19:18:25 - Atualizado há
Foto: Marcelo Moraes

Uma pesquisa do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) revelou que peixes de água doce possuem uma grande concentração de Ômega 3 e nutrientes, que são importantes para a saúde humana. Entre as espécies, as que mais se destacam são as pacu-pevas, que são nativas da região mato-grossense.

Os resultados da pesquisa foram publicados em dois artigos de duas revistas americanas, sendo o Journal of Food Composition and Analysis com cinco espécies de pacu-pevas, e o segundo na revista científica Chemistry & Biodiversity com sete espécies nativas e três de cativeiro.

O levantamento do IFMT mostrou que todas as espécies apresentaram alta qualidade nutricional de proteínas, e de ácidos graxos, e baixo índice de gorduras que podem ocasionar doenças futuramente. Além disso, o estudo comprovou que os ácidos dos peixes ajudam no metabolismo humano.

De forma geral, as espécies estudadas são fontes de proteínas dietéticas, e gorduras benéficas, entre eles o já conhecido Ômega 3, que é encontrado com mais frequência em peixes de água salgada, como o salmão.

A pesquisa conduzida no Campus Cuiabá Bela Vista mostrou que esses peixes de água doce, especialmente encontrados em Mato Grosso, representam alternativas significativas para uma dieta mais saudável. Os resultados sugerem que o consumo dos peixes locais pode até mesmo reduzir os gastos associados a uma dieta específica elaborada por nutricionistas.

Além do fator nutricional, a inclusão desses peixes na dieta pode ser benéfica até economicamente, já que, de acordo com a Associação Mato-grossense de Piscicultores (Aquamat), escolher a Tambatinga, por exemplo, pode resultar em uma economia de até 60%. Em comparação, o valor do filé de salmão atinge o valor de R$ 135 por quilo.

A pesquisa foi realizada durante o Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos, envolvendo mestrandos e pesquisadores da instituição, sob a supervisão da Professora Sandra Mariotto. Além disso, contribuíram para o estudo os professores Rozilaine Aparecida Pelegrine Gomes de Faria, Xisto Rodrigues de Souza, Demétrio de Abreu Sousa e Edgar Nascimento.

O trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos por mestrandos e pesquisadores do IFMT, sob a coordenação da Professora Sandra Mariotto. Também colaboraram com a pesquisa os professores Rozilaine Aparecida Pelegrine Gomes de Faria, Xisto Rodrigues de Souza, Demétrio de Abreu Sousa e Edgar Nascimento.

Ampliação

Como os resultados da primeira pesquisa foram considerados satisfatórios pelos pesquisadores do IFMT, o Campus Cuiabá Bela Vista expandirá o trabalho para outras espécies, com o objetivo de identificar concentrações significativas desses nutrientes. O segundo estudo abordou dez espécies, incluindo três comumente criadas em cativeiro, como o Tambacu, o Bagre e a Tambatinga.

A pesquisa revelou que a Tambatinga apresenta uma concentração de 28,66% de proteínas, enquanto o Pintado registra uma concentração de 22% de proteínas. Segundo a professora Sandra, os resultados preliminares indicam que a Tambatinga pode ser considerada uma alternativa nutricional viável, até mesmo em comparação com a carne vermelha.

Fonte: G1/MT
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