O plenário da Câmara votou nesta quarta-feira (10) pela manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), investigado pelo suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018 no Rio de Janeiro. O resultado da votação foi de 277 votos a favor da manutenção da prisão, 129 contra e 28 abstenções, ultrapassando os 257 votos necessários.
Inicialmente, houve uma tentativa de esvaziar a sessão por parte de deputados da oposição. Durante a votação, o bloco do “Sim” pela manutenção da prisão preventiva incluiu Solidariedade, PV-PT-PCdoB, PSB, PSOL-Rede e PDT, enquanto o bloco do “Não” pela revogação da prisão foi composto apenas pelo PL.
Durante os debates, parlamentares divergiram sobre a legalidade da prisão. Enquanto alguns defenderam a libertação de Brazão, alegando irregularidades no processo, outros citaram evidências da relação do deputado com milícias do Rio de Janeiro.
A prisão de Chiquinho Brazão foi realizada durante uma operação da Polícia Federal em março, que também resultou na prisão de outros suspeitos, incluindo o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Todos são considerados os autores intelectuais dos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes.
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