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Bocejo contagioso entre humanos e cães: o que isso diz sobre o vínculo entre humanos e seus companheiros caninos

Muitas pessoas se perguntam: “É verdade que os bocejos humanos são contagiosos para os cães?”.

Por Comando da Notícia

19/04/2024 às 23:06:26 - Atualizado há
Foto: Gazeta Brasil

Muitas pessoas se perguntam: “É verdade que os bocejos humanos são contagiosos para os cães?”. A ciência respondeu que “alguns donos de cães afirmam que quando eles bocejam, seus cães também o fazem. E podem estar certos”.

O bocejo contagioso é um fenômeno bem conhecido entre os humanos: quando vemos, ouvimos ou às vezes até pensamos em bocejar, muitos de nós o fazemos. E pesquisas mostram que alguns de nossos companheiros caninos também podem experimentá-lo.

Ao contrário dos lobos, que demonstraram contagiar bocejos uns aos outros, os cães são mais propensos a bocejar em resposta aos humanos, conforme demonstram as pesquisas. Um estudo mostrou que os cães bocejam mesmo quando ouvem uma gravação de humanos bocejando.

Acredita-se que o bocejo contagioso entre companheiros caninos ocorra ao ver ou ouvir um humano bocejar, embora não se saiba muito bem por que bocejamos quando outra pessoa o faz, nem em humanos nem em animais.

A questão mais importante é o que esse comportamento significa.

“Eu tenho um vínculo social com meu cachorro? O que meu cachorro sente por mim? Meu cachorro sente o mesmo que eu?”, perguntou Brian Hare, diretor do Centro de Cognição Canina da Universidade Duke.

Em humanos, o bocejo contagioso tem sido considerado “um selo distintivo da empatia”, afirmou Laurie Santos, diretora do Centro de Cognição Canina da Universidade Yale. Mas tem sido debatido se o bocejo contagioso pode sinalizar uma conexão entre pessoas e seus animais de estimação.

Um estudo de 2013 descobriu que os cães bocejavam aproximadamente o dobro de vezes depois de verem bocejos de pessoas com as quais estavam familiarizados do que de estranhos, sugerindo que pode haver um vínculo social associado à empatia.

Mas outros estudos não conseguiram demonstrar tal conexão. Uma meta-análise realizada em 2020 com 257 cães concluiu que não havia evidências de que o bocejo contagioso em cães estivesse associado a um viés de familiaridade ou empatia.

“Simplesmente não há um forte apoio para uma conexão direta entre o bocejo contagioso e a empatia, apesar de as previsões serem muito intuitivas”, disse Andrew Gallup, professor de psicologia no Instituto Politécnico SUNY em Utica, Nova York.

Isso não significa que o bocejo contagioso em cães não esteja relacionado à empatia. “Simplesmente não fomos capazes de demonstrá-lo de forma convincente”, afirmou Hare.

O que mais precisamos saber
Estudar os bocejos dos peludos é um desafio porque um cão pode bocejar por razões que não têm nada a ver com ver um humano bocejar, como um bocejo espontâneo.

O bocejo em cães também pode ser um sinal de estresse, que pode se acentuar durante experimentos de laboratório nos quais os cães são filmados para ver se bocejam, explicou Monique Udell, diretora do Laboratório de Interação Humano-Animal da Universidade Estadual de Oregon.

E, como acontece com os humanos, alguns animais de estimação podem simplesmente bocejar mais ou menos que outros.

Resumindo: os cães podem bocejar contagiosamente quando veem ou ouvem humanos bocejando, conforme mostram as pesquisas, mas não há consenso científico sobre seu significado.

Fonte: GAZETA BRASIL
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