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Cientistas criam método que preserva corações por mais de 24 horas para transplantes

Após mais de cinco décadas desde o primeiro transplante cardíaco bem-sucedido entre humanos, a comunidade médica está constantemente buscando maneiras de melhorar essa prática vital.

Por Comando da Notícia

28/04/2024 às 23:27:32 - Atualizado há
Foto: Revista Galileu - Globo

Após mais de cinco décadas desde o primeiro transplante cardíaco bem-sucedido entre humanos, a comunidade médica está constantemente buscando maneiras de melhorar essa prática vital. Agora, pesquisadores revelaram um novo avanço promissor: um método para prolongar significativamente a vida útil dos corações de doadores antes do transplante.

O estudo, publicado na revista Frontiers in Cardiovascular Medicine, descreve como um processo chamado perfusão cardíaca ex-vivo normotérmica (NEHP) permitiu que corações de porcos fossem mantidos vivos fora do corpo por mais de 24 horas. Essa conquista pode representar um avanço significativo na prática clínica, expandindo a janela de tempo padrão de seis horas para transplantes de coração.

“O NEHP envolve manter os corações em um estado parcialmente fisiológico à temperatura ambiente, bombeando fluido oxigenado e rico em nutrientes através deles”, explica o Dr. Robert Bartlett, professor emérito e chefe do Laboratório de Suporte Extracorpóreo de Vida da Universidade de Michigan Medical. “Este método permite que medicamentos e células-tronco reparadoras de tecidos sejam entregues ao coração, potencialmente melhorando sua condição antes do transplante.”

Os resultados do estudo foram promissores. Todas as modificações do NEHP testadas permitiram que os corações de porcos sobrevivessem por 24 horas completas fora do corpo, em comparação com os corações de controle que falharam entre 10 e 24 horas após a remoção do doador. Isso sugere que a hemofiltração, a troca plasmática e o uso de perfusão atrial esquerda intermitente (iLA) são melhorias significativas que podem prolongar a vida útil dos corações de doadores.

Os pesquisadores também destacaram o potencial impacto clínico dessas descobertas. “A capacidade de estender o tempo de preservação dos corações pode superar limitações logísticas e aumentar o conjunto de doadores disponíveis para transplante”, observa o Dr. Alvaro Rojas-Pena, pesquisador do mesmo instituto e autor correspondente do estudo. “Além disso, o estudo pode fornecer uma avaliação objetiva da qualidade de cada coração doador potencial, potencialmente reduzindo o número de órgãos que não são utilizados devido a incertezas sobre sua função.”

No entanto, os pesquisadores observam que o próximo passo crucial é validar esses métodos em corações humanos, o que já está em andamento com corações humanos rejeitados para transplante.

Essa pesquisa oferece esperança para os milhares de pacientes que aguardam um transplante cardíaco, além de representar um avanço significativo no campo da medicina de transplantes. Com o potencial de aumentar o número de órgãos disponíveis e melhorar a qualidade dos transplantes, essas descobertas podem ter um impacto transformador na saúde de milhões de pessoas em todo o mundo.

Fonte: GAZETA BRASIL
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