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CINTA LARGA

Cacique é investigado por estupro ao fazer menina de 11 anos como "esposa"

Caso foi denunciado ao MPF que declinou competĂȘncia ao MPE


Um cacique da Aldeia Taquaral da Etnia Cinta Larga, em Aripuanã (1.202 km de CuiabĂĄ), estĂĄ sendo investigado sob acusação de estupro por manter uma menina indĂ­gena de 11 anos como sua esposa. O caso foi denunciado ao Ministério PĂșblico Federal (MPF), que declinou da competĂȘncia para apurar o caso ao Ministério PĂșblico Estadual (MP-MT).

A investigação foi iniciada a partir de uma denĂșncia da AssistĂȘncia Social do MunicĂ­pio de Aripuanã, que relatava um possĂ­vel crime de estupro de vulnerĂĄvel e cĂĄrcere privado na Aldeia. De acordo com a representação, na aldeia hĂĄ trĂȘs crianças, sendo duas indĂ­genas de 11 e 5 anos, e um indĂ­gena de 7 anos, que estão sob o poder de um determinado cacique. A denĂșncia também apontava que o cacique estava mantendo a indĂ­gena de 11 anos como sua esposa, "cometendo contra ela violĂȘncia sexual, psicológica e fĂ­sica".

Uma portaria do MPF publicada nesta segunda-feira (6), informa que, embora sejam graves os relatos de abuso sexual de uma criança indĂ­gena não revelam correlação com o direito indĂ­gena, jĂĄ que se trata de um ilĂ­cito comum, apenas com a peculiaridade de ter sido praticado por um indĂ­gena contra uma criança indĂ­gena. Com isso, a competĂȘncia do caso foi declinada para o MPE, alegando que não configura interesse da União.

"Além disso, não configura interesse da União, nos termos do art. 109, inciso IV, da CR/88.' Revisão (Enunciado n° 32 da 2ÂȘ CCR). Hipótese em que não se verifica violação aos direitos indĂ­genas, previstos na Constituição ou no Estatuto do Índio, de cunho coletivo, que expresse e justifique o interesse da União, capaz de ensejar a competĂȘncia da Justiça Federal. CarĂȘncia de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério PĂșblico Federal para a persecução penal. Homologação do declĂ­nio de atribuições ao Ministério PĂșblico Estadual", diz a publicação.

Dessa forma, em sessão realizada pelo MPF sob relatoria da procuradora da RepĂșblica, LuĂ­za Cristina Fonseca Frischeisen, o colegiado decidiu, por unanimidade, pela homologação do declĂ­nio de atribuição, nos termos do voto da relatora. Dessa forma, os autos serão remetidos ao Ministério PĂșblico Estadual para prosseguir com a investigação.

FOLHA MAX

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