Delegado Denis Cardoso de Brito foi alvo da Operação Capsicum na quarta-feira (22).
A defesa do delegado Denis Cardoso de Brito, que foi alvo da Operação Capsicum na quarta-feira (22), negou que o seu cliente tenha utilizado carro apreendido pela polícia para transportar um fuzil até Goiânia (GO). Em nota à imprensa, o advogado Ricardo Moraes de Oliveira, que patrocina a defesa do delegado, disse também que o veículo "nunca cruzou a divisa do Estado de Mato Grosso, nem mesmo que fosse para dar suporte a qualquer operação em outro município".
Oliveira conta na nota que recebeu com surpresa a decisão judicial que deferiu medidas cautelares e busca e apreensão nos autos da investigação contra o delegado. E argumentou que Denis não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo.
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"Causa espécie que se esteja veiculando um suposto uso de veículo da delegacia para transporte de fuzil até a cidade de Goiânia (GO), ocorrido em 19 de março de 2024, data na qual o servidor se encontrava presencialmente lavrando flagrante na Delegacia de Polícia de Porto Alegre do Norte", diz trecho do posicionamento.
Denis Brito foi alvo de uma operação da própria corporação e afastado das funções policiais na quarta-feira. Ele está em estágio probatório.
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Conforme a própria Polícia Civil, o delegado teria posse de um veículo Toyota Corolla que estava apreendido na Delegacia de Porto Alegre do Norte para se deslocar até o Estado de Goiás, usando placas de outro veículo, cometendo crime de adulteração de sinal de veículo automotor.
Além disso, carregava consigo um fuzil que não é de sua propriedade, incorrendo em crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
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"O Dr. Denis Cardoso segue à disposição, ainda que para esclarecimentos que poderiam ter sido solicitados antes mesmo de qualquer medida judicial, o que reforçará seu interesse em confirmar sua conduta dentro da legalidade e permitirá que não tenha sua imagem ainda mais manchada", finaliza a nota.